O silêncio se instalou ao nosso redor enquanto Carl lamentava por sua filha. — Mas nós não temos certeza... — Eu esperei, esperando que alguém dissesse algo, qualquer coisa. Mas minha mãe e Carl permaneceram em silêncio.
— Amy. — Minha mãe disse.
— Podemos atrasar o aprendizado dela, de alguma forma? — Tentei pensar em qualquer solução que não deixasse uma garota sem o pai.
— Não. — A voz de Carl era suave. — Se eu ao menos tentar, o universo reage, e acabamos com uma xamã que não conhece todo o seu potencial. — Ele finalmente levantou o olhar da filha. — Ainsley, odeio pedir isso a você.
— Você não precisa pedir. — Ela se abaixou e beijou sua bochecha.
— Eu preciso saber quanto tempo temos... — Insisti.
— Por quê? — Carl me olhou.
— Porque. — Me afastei e voltei. Minha pele coçava, me pedindo para os mandar embora agora. Algo dentro de mim gritava para dizer a eles que arrumassem suas coisas e se escondessem.
— O que você está sentindo? — A voz de Carl era profunda, pensativa,