Hunter Blood Moon
Ultimamente, eu odiava ter que sair de casa para ir até o escritório.
As paredes de vidro, as reuniões intermináveis, os papéis… nada disso parecia importar quando eu pensava que, naquele mesmo instante, Tobias estava sendo cuidado por outra pessoa e Hailey estava longe de mim.
Era irracional. Eu sabia.
Mas não mudava nada.
Andava estranho — inquieto, reativo, como se algo dentro de mim estivesse sempre à beira de romper. E, por mais que eu tentasse ignorar, a verdade era simples: a situação da forasteira, Liona, vinha me assombrando mais do que eu admitia.
Não era só sobre ela.
Era sobre o que ela representava.
Uma fêmea desesperada, batendo às nossas portas, implorando por proteção.
Uma fêmea que poderia ser Hailey em outra vida.
Ou Hailey em qualquer dia ruim.
Esse pensamento me corroía.
O elevador se fechou atrás de mim, e por um segundo eu apenas encarei meu próprio reflexo nas portas metálicas. Cabelo bagunçado, olheiras que eu nunca tivera antes, a ex