Safira Whitlock
Eu me sentia fraca. Frágil. Inútil.
Senti-me suja — e, pela primeira vez em muito tempo, comecei a acreditar em tudo o que diziam sobre mim.
Tudo por causa de um comentário tolo, um murmúrio que em outras circunstâncias teria passado despercebido. Mas eu sabia o motivo.
Fazia uma semana que Christopher havia ido até meus pais e me pedira para ser a fêmea dele.
Três anos antes, quando ele me rejeitou, achei que aquele seria o fim da minha história com ele. Achei que jamais voltaria a encará-lo sem sentir o gosto metálico da humilhação e da raiva queimando minha boca.
Mas ele voltou.
Voltou diferente. Mais calado, mais contido — e, pela primeira vez, parecia realmente me ver.
Na noite em que me pediu para ser sua parceira, a Lua estava cheia. Alta o bastante para esconder o tremor das minhas mãos e o medo que eu fingia não sentir.
O problema é que eu não era mais a adolescente boba e sonhadora que ele rejeitou.
Eu havia sido forjada no fogo.
Me tornei uma soldada — a pri