POV AURORA.
Já não conseguia distinguir o que era sonho e o que era realidade.
As últimas noites tinham sido uma sequência de imagens confusas: corridas em florestas escuras, olhos brilhando na escuridão, sombras que me seguiam… e sangue. Sempre havia sangue. Eu acordava ofegante, com o coração disparado, como se tivesse vivido cada detalhe em carne viva.
No início, pensei que fosse apenas o reflexo de todo o estresse. Afinal, ultimamente minha vida parecia um labirinto de tensão e segredos que não faziam sentido algum para mim. Mas quanto mais os dias passavam, mais os sonhos se tornavam vívidos.
Não eram apenas pesadelos — pareciam avisos.
E eu sentia.
Sentia no ar.
Cada vez que atravessava os corredores da Tecnocare, uma pressão invisível me acompanhava, como se meus próprios instintos — que nunca foram fortes — agora gritassem em alerta. Um arrepio constante me percorria a nuca, e eu sabia, simplesmente sabia, que havia algo errado.
Mas... O que seria?
Não fazia idéia.
O pior er