Destinada ao Rei Lycan
Destinada ao Rei Lycan
Por: Jean gomes
Capítulo um

 Quando Raya imaginou ser abençoada pela Deusa Luna, com um companheiro para a cuidar, e assim ser feliz, não imaginou que um dia iria se arrepender do que pediu. Pois o companheiro, era um terrivel homem, e de ações duvidosas, e Raya, achou que seria com ele que encontraria sua felicidade com ele, era uma bobagem. Ao  passar pela vila, ouviu alguns chiados vindo dos moradores, eram falacias que ouvia desde o dia que perdeu seus pais, e passou a viver sozinha. Desde então sofria os mais horriveis insultos, e sequer uma moça da aldeia cogitava chegar perto, pois diziam a eles que Raya era amaldiçoada.

  Ao olhar para trás, viu que o homem a seguia. Ela apenas apressou seus passos, quando percebeu, já estava correndo, não se deu o trabalho de olhar para trás. E quando virou a esquina, a sua esquerda, viu sua casa, um chalé, herdado de seus pais, velho e sombrio. Pois refletia sua vida, sombria. Caçava para sobreviver, mas atualmente, preferia morrer a viver como vivia. Quando fechou a porta, ela foi aberta no mesmo instante, a fazendo cair sentada no chão. 

  — Disse para me esperar  — O homem exibiu um sorriso debochado  — Preciso de você, sei que você consegue entender isso, Raya. 

  — Não consigo entender como não tem dignidade, não quero mais você em minha casa, Ravi  — Raya levantou e não teve coragem de dar as costas a Ravi, não confiava no homem  — Porque simplemesnte não se vai? 

  — Preciso de você.  — Era sempre a mesma desculpa, ele sequer se dava  o trabalho de inventar uma nova. 

  — Precisa do meu corpo, Tem uma diferença!  — Ray gritou. Não suportava ver a face daquele idiota.  — Saia!

  — Se eu sair, sabe que não voltarei e assim sua vida vai se transformar em um inferno  — Ravi se atreveu a dizer com audácia, e assim ele exibiu o sorriso de deboche que Ray odiava. — Quer realmente que isso aconteça? 

 Raya sorriu, um sorriso amargo. Mesmo com tanto ódio em seu coração, ela simplesmente sorriu como se ele tivesse contado a melhor piada que ele ouviu, e então fechou seus olhos, pois eles ardiam com as lagrima que tentava escorrer por sua face. 

  — Minha vida já é um inferno, ravi. Não me alimento bem, a aldeia inteira me odeia e nem sei o motivo, e meus pais morreram. E tem você!  — O homem abriu a boca pra falar, mas Raya o gritou o fazendo calar imediatamente  — Você me usa como quer, me usa como se eu fosse seu boneco. 

  — Eu preciso viver, não é minha culpa se uso tudo que tenho. 

   — Você não me tem.  — Raya mordeu seus lábios, e após cerrou seu maxilar, odiava aquele homem.  — Saia! E nunca mais volte aqui!

  — Estar terminando comigo?  — Ravi sorriu sem ânimo. E após ver Raya, ranger os dentes, o som era de puro ódio. Ele percebeu que sim, e então balançou sua cabeça em afirmação.  - Está bem, irei sair daqui. Não me procure depois, sua vadia! 

  — Saia daqui, seu babaca, eu te odeio! 

  E após Ravi sair com uma gargalhada gutural, Raya desabou no chão. Tudo que queria era chorar e assim descobrir se as lagrimas poderiam lavar as amarguras de sua vida, assim como a chuva faz com a terra. Lebrando do dia em que pediu um companheiro a deusa Luna, ela lhe atendeu, mas aparetemente não observou bem quem era. Ravi a usava como mercadoria, em troca de algumas moedas na taberna da aldeia, era a pior parte de seu dia. Chorou abundantemente naquela manhã, enquanto sua barriga clamava por comida, conseguia sentir o cheiro de algo, mas nadda de comida. 

 Era o dono da taberna. 

 Quando o homem entrou na casa, se aproximou devagar, Ele a tocou a fazendo olhar chorosa. 

  — Raya, preciso de que fça mais um favor a mim  — O homem não fez rodeios, tampouco perguntou sobre seu estado.  — Preciso que dance mais uma noite em minha taberna. 

  — Não!  — Ela conseguiu dizer, não era um favor, era uma ordem pelo jeito que ele falava e fechava seus punhos. 

  — Não? Você é minha mercadoria mais preciosa. Quero que vá. 

   — Não vou, como acha que posso fazer isso novamente? 

   — Fez isso por cinco dias seguintes, pode fazer mais uma vez. 

 O homem levantou e trouxe junto com ele a mulher. 

  — Quem paga o lenhador? Sou eu! O peixeiro? Sou eu! suas roupas? Sou eu! E o melhor, Ravi me deve, e você será o pagamento.  — O homem bufou em sua cara. 

 Raya estremeceu um pouco, e após percebeu que não tinha saída a não ser fazer o que o homem queria. Ravi iria pagar por tudo que fez. 

  — Por favor, apenas hoje. 

  — E você estrá livre, mas nossa casa estará sempre aberta para você. 

   — Não voltarei depois de hoje.  — Raya ergue seu queixo fino, pois aquilo era um promessa. 

 Quando voltou pelas ruas com o homem, algumas mulheres da vila cuspiu no chão.

   — Amaldiçoada.  — Uma delas disse. 

 A mulher carregava um cesto de frutas. Com certeza tinha um companheiro, Raya penrou que ele era bom. 

    — Vadia sem rumo.  — Outra disse, e enrugou seu nariz. 

 Morava em uma aldeia, perto de uma cachoeira, pois seus pais amavam a natureza. Seu vestido de chifon velho, estava sujo de lama, e agora ela percebia que a natureza não era tão bonita desse jeito que falavam. 

  A taberna, era um casinha no fim da aldeia, as luzes amarelha e o cantar dos bêbados eram escutados de longe, e tudo aquilo a fazia revirar seu estômago. Mas hoje seria sua última noite, e enfim estaria livre. Por isso, decidiu que iria ser a Raya que todos olhavam feio, por uma última noite. 

 Pois depois daquela noite, ela iria fugir, para longe, longe de Ravi, longe daquela taberna, para longe daquela aldeia. Não queria participar daquilo nem mais um minuto. Quando entrou na taberna, e viu as pessoas, seus olhos foram rápidos e precisos, a um homem no fim do balcão do bar. 

  Ele não era da aldeia, pois conhecia todos, e a túnica que vesia, as calças de couro, suas botas lustradas, gritava que ele não era dali, seria de uma aldeia vizinha? Ou até do reino? 

 O homem lhe olhou de soslaio, não precisou de muito, apenas seus cabelos pretos como a noite mais escuras, e seus olhos castanhos iluminados pelas tochas flamejantes. Ela era linda, talvez não tivesse visto uma mulher assim, fazia tempos. 

  O homem segurou o braço do dono da taberna quando ele passou perto de si, e lhe olhou prepotente, com a voz potente e rouca, ele não escondeu seu intereice, quando olhou para Raya, e disse: 

  — Quero ela!

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