O escritório estava mergulhado em um silêncio opressor, interrompido apenas pelo som do relógio na parede e pelo arranhar da minha caneta contra o papel. Pilhas de documentos estavam espalhadas sobre a mesa de madeira maciça, cada uma exigindo minha atenção imediata. Contratos, relatórios, análises financeiras toda aquela pilha de documentos parecia interminável.
Peguei outro documento, mas antes mesmo de começar a lê-lo, um suspiro escapou dos meus lábios. Apoiei as costas na cadeira de couro e esfreguei as têmporas, tentando afastar a tensão que parecia grudada a mim nos últimos dias. Do lado de fora, sabia que os seguranças estavam postados em pontos estratégicos, alertas e prontos para agir. Olhei para a agenda digital no meu computador, cheia de reuniões adiadas ou canceladas, e para o canto do escritório, onde um conjunto de rádios comunicadores permanecia em constante murmúrio. Minha vida agora era uma constante escolta. Carro blindado.