— Posso? - Marco perguntou, apontado para a cafeteira, Helena apenas assentiu, se sentando com o manual, tranquilamente. Sobre a banqueta, alta, tinha a postura bonita, de uma bailarina, as pernas cruzadas e um bonito perfil, de olhos azuis claros, acinzentados, sobre a pele branca emoldurada pelos cabelos castanhos. No braço direito, ela tinha uma mancha escura que lembrava uma cicatriz ou uma tatuagem desbotada. - Obrigado. Estou curioso sobre você. Posso chamá-la de Helena?
— Bom, depois dos mil apelidos do Julio, pode me chamar até de "mano" que eu não iria ligar. Vai por mim. - Helena respondeu, distraída com a leitura.
— Fique à vontade para me chamar de Marco. - Ele anunciou. - Pode me contar algo sobre você? Que ache que eu mereça saber.
— Sou filósofa. - Ela disse, voltando ao manual, chegava à apresentação. Trabalhavam sob a denominação de Dante Segurança Cibernética.
— Inusitado. Além disso, algo mais? - Ele procurava uma brecha naquela fortaleza invisivel.
— Nada que nã