Depois do jantar, Helena vestiu um longo vestido, solto, que lhe caia suavemente pelas curvas sedutoras. Maquiada, de salto alto, o bracelete sobre a cicatriz, acessórios e brilhos. Os olhos castanhos emoldurados pela maquiagem, a boca volumosa, tudo nela inspirava sensualidade e perigo. A longa fenda, do vestido preto, contrastava com a pele branca, imaculada. Saltos altos, pés bem cuidados e longas unhas vermelhas nas mãos, a mulher era inacreditável. Luiz se sentia desconfortável. Era como estar com uma celebridade.
— Boa noite, Daniela. - Ele levantou a mão para ela, que se apoiou, descendo as escadas.
— Boa noite, Luiz. - Ela sorriu, não parecia portar documentos ou armas.
— Não pretende levar nada consigo? - Ele disse.
— Estou levando, mas nunca saberá. - Ela sorriu, provocante. Aquele era o tipo de mulher que causava mortes por existir. - Quero perder minha dignidade e dar queixa de desaparecimento. Podemos? - Ela sorria, descendo os últimos degraus apoiada nele. "Se perder