Helena pagou pela conta, uma transferência única, serenamente. O vendedor desacreditava que aquela meninota era a cabeça por ali.
— Pode pedir que sejam entregues ou nos ligar para que busquemos, por favor? - Ela tinha a voz mansa e suave, elegante e usava lentes azuis perfeitas, que lhe davam a aparência de uma fada.
— Entregamos, senhora. - O homem disse. - Assim que as licenças forem emitidas e as placas fixadas.
— Muito obrigada. - Ela sorriu, parando o homem. Luiz se divertia. Já tinha perdido o ar com ela naquele dia. - Vamos, querido? - Ela sorriu, estendendo a mão ao segurança.
— Sim, senhora Lopez. - Ele lhe dava o braço.
— Temos outro veículo na propriedade? - Helena perguntou.
— Sim, senhora. Temos duas SUV à disposição. - Ele disse.
— Poderíamos voltar, por favor? - Ela pediu. A mulher era dona de uma elegância ímpar. Na casa, vê-la na piscina fazia Luiz entender um pouco da patroa. Oito cicatrizes. Sete no abdômen e uma no braço. De todas, quatro pareciam marcas de