Helena corria por sua vida, ainda que a desprezasse. Cruz, ainda que fosse cerca de dez anos mais jovem entendia a dificuldade de pegar ela. Era esquiva. Correu para o cemitério, a luz do sol ainda se esforçava para iluminar o lugar sombrio. Perseguir aquela mulher exigia disposição física e mental. Ela ria do perigo. "É um milagre que seja funcional. Completamente desequilibrada." Ernesto pensou, ofegante. Dentro do cemitério, ela sumiu. Tático, levou as duas mais a arma, filmava a ação, para análise. Estava tenso, ela o mataria facilmente se estivesse de mau humor. O chute na arma a fez voar longe, disparando com o impacto no chão.
Ernesto sentiu o pesado soco de Helena no rosto, ela entrava em combate, desarmada. Não havia palavras e ela lutava como uma serpente, imprevisível. Ernesto se defendia, protegendo as áreas vitais. Não queria feri-la, mas não seria fácil sem fazer isso. Ele chutou, pesadamente, o peito dela, que recuou alguns passos, antes de disparar em corrida novamente