A sensação não passava enquanto aquela ambulância balançava incansavelmente em direção ao hospital. Havia sentido algo momentos antes de Andrea entrar no mar e aquilo ainda continuava em mim. Era muito estranho antever um fato que ocorreu a seguir.
Junto dela, naquele carro, parecia que tudo já havia acontecido. Nos mínimos detalhes a vi deitada na maca, com a máscara de oxigênio e presa por cintos pretos.
Ao lado, a socorrista, uma mulher negra, lá pelos 30 anos, monitorava a jovem ruiva. Agachado atrás dela num pequeno espaço, segurava a mão de Andrea, que ocasionalmente, mirava-me com olhar assustado.
Um deja vu me ocorreu pela primeira vez na vida. A partir daquele momento, essa sensação de ver algo que já teria ocorrido, me acompanhou por muito tempo. Não sabia, mas outro evento, acredito eu, no mesmo momento, me