Na segunda-feira, dia 9 de maio de 1994, liguei para Diana. Decidi resolver minha vida e era esse o motivo de ter voltado. Logo após levantar e tomar café com Felipe, sentei no sofá da sala, disquei o número da casa dela em São Paulo e aguardei.
Lourdes, a empregada dos Niechtenbahl, atendeu e chamou Diana, que estranhamente ainda estava em casa naquela manhã. O motivo era que, naquela ocasião, fazia o primeiro semestre de Medicina, como planejara antes de me conhecer. Pouco entusiasmada, começou a conversa.
— Diga Guilherme.
— Diana, ontem não foi um dia fácil para mim.
— É mesmo? E para mim? Não sabe como fiquei?
— Como você ficou?
Após uma pausa, a morena respondeu.
— Fiquei muito triste em ver você ontem após meses sem dar notícias.
— Perdão. Fui um tolo.
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