Henrique Alves vê sua vida mudar da água para o vinho com a chegada da Aluna nova em seu último ano do ensino médio. Assumidamente gay em um colégio de elite em São Paulo, considerado o mais inteligente e com um incrível potencial, Sem falar que conta com o total apoio dos pais, Henrique verá tudo a sua volta mudar, Inclusive o seu namorado Capitão do time de basquete e bissexual Eduardo Albuquerque. Com a aproximação da aluna nova e o seu namorado, Henrique se sentirá ameaçado, será que essa aproximação afetará a sua relação?, considerada a Heather, Henrique fará qualquer coisa para permanecer ao lado de seu namorado.
Ler mais03 DE OUTUBRO DE 2014.
Querido diário, hoje o dia tá sendo estranho, observei de relance e pude perceber o quão feliz eles estavam, como eu poderia odiá-la se ela parece um anjo, ela era realmente bonita, é claro que ele escolheria ela e nem todo o dinheiro do mundo fará ele mudar, e pelo o que conheço ele, será ela.
Foram dois anos jogados fora por causa de uma única novata, mas claro, até eu escolheria ela. Fiz uma promessa aos meus amigos e sei que irei cumprir, eu esquecerei ele e serei feliz, deixarei de lado toda a dependência emocional que desenvolvi nesses últimos dois anos do ensino médio por ele.
Com amor, Henry.
Eu não via a hora do intervalo e as aulas acabarem, acabei aproveitando novamente para escrever em meu diário, não via necessidade dele desde 2011, que foi a época em que me assumi publicamente gay, e pensei que não iria precisar nunca mais, e pelo visto eu estava novamente enganado.
Eu não o culpava, não mesmo, ele sempre deixou claro para mim a sua bissexualidade e eu sabia que em qualquer momento isso poderia acontecer e realmente eles ficavam bem juntos, bem mais do que nós ficamos um dia.
Estava perdido em meus pensamentos olhando para o diário e pensando em tudo o que já vivi com ele quando uma voz me desperta.
— Escrevendo nesse diário novamente, Henry? — Perguntou Gustavo se sentando do meu lado embaixo da árvore em que nós costumávamos ficar.
— O que você acha, Gustavo? — Não percebi que havia sido ignorante, mesmo por ter chegado na metade do ano, ele me entendeu e me ajudou, não merecia que alguém tratasse ele desse jeito, quando tudo o que ele faz é ajudar.
— Tudo bem, Henrique. Não está mais aqui quem falou, você deveria prestar atenção e perceber quem realmente te quer. — Disse se levantando.
Eu realmente não entendia o que ele queria dizer de vez em quando, mas ele tinha razão, eu não deveria ficar me lamentando e escrevendo no diário como tentativa de expulsar para fora o quão triste eu estava.
— Não Gus, espera. — Disse me levantando em um pulo e pegando na mão do mesmo, senti um frio na barriga e uma sensação de borboletas no estômago quando o mesmo para bruscamente para me olhar.
— Eu vim te chamar para voltar para a sala, o restante já está lá também, apenas esperando o intervalo acabar, você vem? — Perguntou olhando para a nossa mão que ainda estavam juntas e depois para mim me deixando envergonhado.
— S-si-sim. — Minha voz havia falhado e eu estava claramente com vergonha, apenas tirei minha mão da dele e comecei a acompanhá-lo para a sala.
O Gustavo era um garoto bonito, seus olhos eram uma mistura de verde com castanho claro, e seus cabelos caídos para os olhos que davam um enorme charme e o deixava bastante atraente.
Caminhávamos em silêncio em direção a sala, quando vejo que no corredor da sala estavam eles, Camila e o Eduardo se beijavam no armário do corredor, automaticamente meus olhos se encheram de lágrimas, eu não queria ter visto isso, por mais que eu negasse, ver eles juntos ainda me machucava, eu não queria continuar com o caminho e eu não ia.
Estava prestes a voltar quando sinto uma mão apertar a minha me fazendo continuar o caminho até o destino final, era o Gustavo, ele segurava fortemente a minha mão enquanto a outra estava dentro do bolso da calça, eu acharia sexy se o cenário e a ocasião fosse outra.
Estávamos atraindo olhares de várias pessoas que se encontrava no corredor, e não foi diferente com a Camila e o Eduardo, o olhar do Eduardo tinha mudado, ele agora se encontrava pálido e eu diria até que com raiva, quando levanto o olhar para o gustavo e o mesmo parecia calmo, apenas olhando para frente e eu também faria isso. Ao passar por eles e chegar finalmente na porta da sala, escutei um sussurro do Gustavo que me fez arder em chamas.
— Enquanto eu estiver com você, não irei deixar nada te machucar. — Disse para mim ainda de mãos dadas me fazendo corar e me arrancando um riso fraco.
Isso não poderia estar acontecendo, eu estava com esse sentimento de novo e não estou preparado para sofrer mais uma vez, eu acho que estou me apaixonando novamente.
Assim que minha mãe deu partida no carro, seguimos o nosso caminho de volta para casa, como íamos demorar para chegar em casa, pego o meu celular e mando mensagem para o grupo dos meus amigos que agora tinha aumentado. E nele estava, Claryssa, Lucas, Andrenia e Gustavo, um tanto peculiar, cinco pessoas diferentes contando comigo, com gosto e gêneros diferentes, uma coisa eclético como costumávamos dizer.— Minha tia tá um caco! — Falei no grupo— É por causa da doença dela? — Andrenia perguntou porque o restante estava offline— Aparentemente sim, ela deixou de se cuidar depois que o marido deixou ela e ainda mais com a evolução da doença. — Falei — Cadê o restante hein? — Perguntei.
Eram 10:00 horas da manhã, um bom horário para sair do conforto da sua casa e visitar a sua tia fanatica religiosa e ainda por cima homofobica.— Seja legal com ela, ela tá doente filho e não pode se estressar mais. — Pediu minha mãe com gentileza assim que chegamos na frente da casa da sua irmã.— Claro mãe, por você eu faço tudo, até trato bem pessoas como ela.Minha tia me odiava desde o dia em que beijei o sobrinho neto do marido dela na minha festa de aniversário de oito anos, era só brincadeira de criança, e desde então percebi que gostava de beijar meninos. Minha tia estava com câncer de mama, desde então vivia em quimio, hospital, e vários outros médicos.
O outubro finalmente chegou, e com ele, minhas inseguranças também. Faltava pouco tempo para o tão esperado vestibular e o meu tão esperado aniversário de dezessete, onde se eu tivesse um bom resultado entraria na faculdade no meu auge dos dezessete quase dezoito.— Filho, você vai se atrasar para a aula hoje! — Falou minha mãe entrando no quarto.— Já estou descendo, mãe.— Vou te esperar no carro, fecha a porta quando sair, gatinho.— Pode deixar amore mio.— Novo idioma, é? Gostei.— Sei que você gostou, diz algo que a senhora não gosta de mim — Perg
Querido diário, hoje é sábado, e também a inauguração do parque que o Gustavo citou a alguns dias atrás. Eu finalmente estava voltando a ser quem eu era antes, um rapaz alegre, feliz, e sorridente. Esses dias depois da aula eu tenho estudado bastante, até porque faltam literalmente dois meses para o enem, eu estava confiante, até porque eu era estudioso, tinha minhas metas e os meus objetivos.Camila voltou a me atazanar desde a briga em que o Gustavo se meteu com o Eduardo, como se eu tivesse culpa, otaria. Eu não sei se eu fiquei triste ou feliz por saber que ele ainda tem, ou não, ciúmes de mim, ele não me dirigia a palavra, mas as vezes ele me imprensava na parede e ficava me olhando.
Se passaram um mês desde que conheci gustavo, emocionado ou não, hoje eu iria apresentar ele aos meus pais hoje, ele só morava com a mãe e a irmã, gustavo tinha se assumido pan a dois anos, sua mãe era um amor de mulher e sua irmã eu nem comento, era uma criança doce e educada, que vivia me chamando para fazer tranças nos cabelos de suas bonecas, e como eu adorava criança eu nunca recusava, eu ainda sentia algo pelo eduardo, não era amor, mas apenas um vazio em que ele havia deixado no meu peito, que estava sendo preenchido a cada dia que passava.Saímos algumas vezes tanto com o nosso grupo como sozinhos, a gente até se beijou, eu confesso que gostei, mas estava eu preparado para entrar em uma relação agora? Era esse tipo de coisa que eu escrevia no meu diário, o que deixava meus amigos com raiva
Julho já havia chegado, e com ele a terceira unidade escolar, já estava a muito tempo em casa perdendo aula, levando falta e correndo risco de reprovar, e era tudo o que eu não queria. Eu tinha decidido o que queria para a minha vida, depois de um tempo vegetando na cama eu finalmente tinha a minha resposta. Eu enfrentaria os meus traumas e medos, e com isso tudo, percebi que servia como forma de superação, quem vivia de passado era museu e historiadores, eu precisava seguir em frente.Nesse tempo que passou, nunca deixei de falar com os meus amigos e eles sempre me visitavam depois da aula, até fiquei bastante próximo da Andrenia, ela era uma menina super legal que qualquer um daria tudo para ser amigo. Também soube que a Camila tinha se mudado da escola, acho que os pais realmente a mandaram para a casa da tão temida avó, Eduardo ficou
Último capítulo