Romão e Alexia são dois jovens de mundos diferentes. Ele é um caipira que adora a vida no campo, ela é uma patricinha que adora a vida na cidade. Depois do acidente dos seus pais, eles se vêm obrigados a sumir a empresa juntos e ambos conhecerão o universo que rodeia a vida do outro. Ele irá aprender sobre o mundo dos negócios, balada e os prazeres da cidade, ela irá aprender sobre a vida no campo, forró pé de serra e como ser humilde. Ambos têm muito o que aprender um com o outro. Mas o que eles não imaginam, é que uma paixão irá nascer, como forma de aprendizado para os dois.
Leer másOito anos atrás...
Acabei de colocar a última peça de roupa na minha mala, com um grande pesar no meu coração. Eu não queria deixar o Heitor. Em tão pouco tempo, ele se tornou tudo para mim. Mas infelizmente, não posso tê-lo comigo, ele sofreria demais com a arrogância e desprezo dos meus pais. Longe de mim, ele poderia ter uma vida feliz. Sei que Carla vai fazê-lo feliz como eu jamais conseguiria fazer, mas um dia voltarei e o deixarei saber quem eu sou de verdade. Só espero que quando esse dia acontecer, não seja tarde demais.
— Tem certeza que é isso que você quer, Alexia? — perguntou Marcos mais uma vez.
— Tenho sim, eu sou apenas uma adolescente que brincou de casinha e agora, preciso crescer de verdade.
— E o Heitor?
— Ele vai ficar melhor sem mim, diz pra ele que eu o amo, que vou voltar, e um dia, vamos ficar juntos para sempre. Se ele ainda me quiser em sua vida.
— Ele vai querer.
Peguei minha corrente que estava em cima do criado mudo, com pingente de mini porta retrato e que contém nossa foto. Coloquei minha corrente no pescoço, abrindo o pingente e admirando nossa imagem. Uma lágrima caiu do meu olho esquerdo, fiquei com vontade de voltar atrás e enfrentar o mundo para que nós pudéssemos ficar juntos. Mas não posso! Não posso ser egoísta a esse ponto. Com ele em minha vida, nesse momento, ele sofreria muito, não posso permitir isso. Dei uma última olhada em Heitor, que dormia tranquilamente na cama de casal, que foi nossa cama no último mês. Fiz carinho na sua cabeça e beijei sua testa, ele respirou fundo, mas continuou dormindo.
— Prometo que um dia voltarei, e ficaremos juntos e ninguém mais, vai no separar. Isso é uma promessa, vou atrás da minha independência, quando eu consegui, eu volto.
Deixei o quarto com dificuldades, não querendo ir embora. Marcos pegou minha bagagem, colocou no carro e dei o último olhar de adeus para a casa, que foi o meu lar nos últimos seis meses. Entrei no carro, com lágrimas escorrendo pelos meus olhos. No caminho, eu fiquei o tempo todo em silêncio, relembrando meus momentos com Heitor e já estava morrendo se saudades. Marcos me deixou algumas quadras da minha casa, me despedi dele e andei em direção a mansão, para viver uma realidade que não era mais a minha.
Vencendo BarreirasDois meses antes...Dois dias depois do meu discurso na festa da empresa, deparei-me com um problemão que tinha que enfrentar. A notícia do sobre o meu discurso e a demissão em massa, teve repercussão internacional. As ações caíram e a empresa estava sendo criticada, em todos os jornais e revistas do mundo. Eu já esperava por isso, porém, a minha preocupação maior era enfrentar a Patrícia e o Romão. Eles irão me encher de perguntas, mas estava preparada para o que tinha que enfrentar.Cheguei na empresa escoltada por dois seguranças, um deles era o Flavio, o outro era um amigo de confiança dele, da qual, fiquei com pé atrás. No entanto, o Flavio sabia que se o amigo dele aprontar, a responsabilidade era toda dele. Era bastante cedo quando cheguei na empresa, aproveitei que meu prédio tinha um heliporto e liguei para o piloto vir me buscar, porque, sabia que teria vários jornalistas na entrada da empresa. Ainda bem que ninguém sabia onde eu morava
Com quem será que ela estava conversando tão, intimamente, que a fez sorrir daquele jeito? Será que ela está com outro cara? Tive que admitir para mim mesmo, que fiquei com raiva e com ciúmes, ela não queria assumir um compromisso comigo e estava cheia de intimidade com outro cara. Alexia me deixa confuso, porém, agora, ela parecia assustada.— É... são... — Ela fez som com a garganta, parecendo desconfortável. — Amigos!— Amigos? — pergunta Patrícia. — Você parecia tão íntima deles, ou dele. Eu não estava preparada, psicologicamente, para encontrar com dona Meire e seu filho na mesma hora. Todo aquele muro que construí essas duas semanas acabou de cair, eu já tinha planejado o que falar para o Romão, caso ele viesse me procurar, mas não planejei nada para falar com a dona Meire.— Alexia, querida! — Dona Meire me deu um abraço forte e eu retribui, beijando seu rosto.— Como está dona Meire?— Melhor agora em te ver. Passei a semana inteira e eu não vi nem sinal da Alexia. Sara, sua secretária, avisou que ela ligou para pedir que eu e Patrícia cuidemos da empresa, enquanto ela estivesse fora. Ela ficou responsável de passar as reuniões fora da empresa para Alexia e disse que Alexia não falou quando voltava. Elisa falou que ela almoçou na empresa na sexta-feira, mas não conversou com ninguém. Estou preocupado! Ela não atendeu o telefone e não disse onde estava hospedada. Quando Patrícia me disse que a expulsou de casa, fiquei com vontade de sair pelas ruas procurando por ela. Esse seu silêncio estava me matando, até Patrícia estava arrependida por ter brigado com ela. Expliquei para Patr&iac42. Alexia
41 Romão
Abri meus olhos essa manhã e tive a sensação que dormir por vários dias. Não era à toa que estava com essa sensação, já passava do meio dia. Nem quando eu só vivia do dinheiro do meu pai, eu acordava a essa hora. Estou com uma dor esquisita na cabeça, parecia que tinha sido martelada. Me levantei da cama e me arrastei como um zumbi para o banheiro. Lavei meu rosto, para melhorar essa cara de panda em que eu amanheci. Por um momento, queria ser aqueles personagens de novela, que acordavam maquiadas e penteadas, para não ter que me assustar tão cedo. Passei um pouco de corretivo para tirar as olheiras e terminei de fazer minhas necessidades matinais.Voltei para meu quarto e joguei qualquer ro
Pensei em voltar para mesa onde todos estavam me esperando, mas resolvi pegar meu cavalo e voltar para a fazenda. Se eu voltasse para mesa agora, eles ficariam me fazendo perguntas e eu não saberia responder. E não estava bem, queria muito ficar sozinho.Deixei meu cavalo no estábulo e fui para dentro de casa, indo para meu quarto. Fiquei pensando na Alexia e arrumei, compulsivamente, o meu quarto. Estava angustiado por tudo ter acabado, mas acabado o que? Não tínhamos nada, mas senti que suas barreiras estavam caindo e que logo assumiríamos um namoro. O que será que tanto ela tem que resolver, que impede de assumir um namoro comigo? Más Capítulos
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