Eram dez da noite.
Helena havia tomado banho e trocado para um roupão de seda. Estava confortável, relaxada, e se sentou diante da penteadeira, aplicando seus produtos de cuidados com a pele.
De repente, um leve som surgiu na porta.
Era como se uma chave estivesse sendo inserida na fechadura.
Helena estava prestes a se levantar e ir até a sala, mas o visitante indesejado já havia entrado sem ser convidado: era Bruno.
Helena voltou a se sentar na cadeira da penteadeira e o observou calmamente pelo espelho.
A neve caía suavemente sobre seus ombros, e seus cabelos estavam escuros e brilhantes, claramente ele havia ficado na neve por um tempo.
Helena perguntou suavemente:
— De onde veio essa chave?
Bruno colocou a chave na penteadeira e respondeu com confiança:
— Eu que fiz uma cópia.
Helena riu ironicamente:
— Você realmente não tem nenhuma cerimônia.
Bruno se aproximou dela, colocou as mãos nas costas da cadeira e, através do espelho, seus olhos negros a analisaram, como se quisesse exam