Helena, depois de descontar a frustração em alguém, sentiu um alívio e caminhou em direção ao estacionamento a passos tranquilos.
De longe, Eduardo observava Helena em silêncio. Até agora, ele ainda não conseguia acreditar que Helena fosse realmente deixar a família Lima, deixar aquele mundo de fama e riqueza.
Mas Helena realmente estava indo embora.
Bruno a esperava lá embaixo, com o carro que ele sempre dirigia, um Rolls-Royce Phantom.
Ele estava ao lado do carro, fumando. Um raio de luz da manhã iluminava a fumaça, tornando-a clara e borrando a paisagem ao redor, assim como seu rosto, que parecia mais suave e distante.
Ao ver Helena se aproximando, Bruno jogou a ponta do cigarro no chão e a apagou com seu sapato de couro.
Ele foi até ela, estendeu as mãos para pegar a bagagem dela e disse:
— Deixa comigo.
Quando suas mãos se tocaram, Helena sentiu seus dedos frios.
Bruno, instintivamente, envolveu suas mãos ao redor dela, olhando para seu rosto pálido com seus olhos escuros, sua voz