Após o beijo, os dois ficaram com expressões difíceis de decifrar.
Yasmin tremia. Eduardo ainda queria beijá-la, mas ela empurrou o peito dele. Porém, sem conseguir pronunciar uma palavra de recusa.
Vendo que ela se recusava a ceder, o olhar dele parecia mais escuro que a noite. Ele questionou:
— O que foi? Estava tudo muito bom, não estava? Está claro que você ainda sente algo por mim.
— Isso é só imaginação sua. — Yasmin virou o rosto, tentando parecer calma, querendo dizer que era só um beijo, mas o coração acelerado e a respiração descompassada a traíam. Ela ficou envergonhada.
Eduardo se aproximou mais, olhando fixamente em seus olhos e murmurando:
— Lembra de quando a gente ainda estava junto, na época do Grupo Glory? O Bruno tinha acabado de sofrer aquele acidente, e nós dois, sozinhos, na sala da diretoria...
Ele estava falando cada vez mais além dos limites. Yasmin interrompeu, a voz saindo trêmula:
— Chega.
Eduardo falou ainda mais baixo, com a voz rouca:
— Por que tem medo?