Choveu a noite inteira, o som das gotas não parava. Eduardo dormia leve, com uma mão sob a cabeça, e só no fim da madrugada conseguiu pegar no sono profundo. Nem percebeu quando a chuva cessou.
Quando acordou, o céu já clareava. Uma tênue luz atravessava as cortinas pesadas e se infiltrava no quarto.
Pouco depois, o mundo lá fora estava em silêncio. Eduardo se virou de lado e, através da moldura da cama, olhou para o berço de Rosa. A pequena já estava acordada, brincando com as próprias mãos. Seus olhinhos negros observavam curiosos o entorno, as perninhas gorduchas se agitavam com força, e da boquinha saíam sons suaves, adorável demais.
Eduardo estendeu o braço e ofereceu o dedo para a bebê brincar. A menininha agarrou com as duas mãos, como um coelhinho segurando uma cenoura, era uma cena de pura doçura.
Enquanto o pai e a filha trocavam esse momento terno, alguém bateu à porta do quarto. Eduardo pensou que fosse o médico ou as enfermeiras fazendo a ronda, então retirou a mão, se lev