Do outro lado, a família Carvalho levou o filho para ser internado. Quando Maurício e Ingrid chegaram, o processo já estava concluído. Ingrid, ao ver aquilo, perdeu o controle e começou a questionar em voz alta:
— De onde veio o dinheiro? De onde veio? Não me diga que venderam minha casa?
Oscar e Jurema se entreolharam, sem saber o que responder. Aquela pequena casa geminada havia sido um presente deles ao filho, e o nome na escritura era apenas o de Hugo. Agora, Ingrid chamava a casa de "dela" e se recusava a vendê-la, mesmo que fosse para salvar o próprio filho... Ela era mesmo egoísta e cruel.
Os dois idosos se arrependiam profundamente de terem sido condescendentes no passado, mas já era tarde. Tudo o que podiam fazer agora era tentar salvar o menino. Mesmo que o tratamento não tivesse sucesso no fim, estariam em paz com a própria consciência.
Jurema chorava:
— Por favor, Ingrid, pare de reclamar e venha segurar o bebê, ele já está chorando há muito tempo...
Mas Ingrid não quis. El