Katrina estava sufocada de frustração e foi encher a cara na balada.
Ao cair da noite, a balada estava barulhenta. Perfumes fortes, roupas provocantes, tudo misturado no ar, e por toda parte homens e mulheres se abraçando e se esfregando enquanto dançavam sob as luzes do palco, todo o ambiente carregava uma atmosfera barata de ambiguidade.
Era exatamente esse tipo de sensação que Katrina queria.
Quando jovem, ela também já foi rebelde, só depois foi se recolhendo. Sob a luz quente do palco, ela tirou o casaco, ficando apenas com uma regatinha de alça fina justa e uma saia curta, e dançou liberando todo o corpo sedutor e sinuoso. Com o homem ao lado, trocava provocações sutis, e aqueles fios de cabelo preto úmidos, a cada balançar, atraíam aquele olhar enigmático dele.
Aos poucos, o homem se atreveu a segurá-la pela cintura, o olhar tomado de desejo. A mulher não recusou. Os dois continuaram dançando, cada vez mais em sintonia.
Depois de algumas músicas, já estavam no corredor da balada