Na faixa de pedestres, um pequeno corpo estava encolhido, coberto de sangue. Ela se convulsionava sem parar.
Jéssica estava quase inconsciente, a mente confusa, mas ainda se lembrava do que o papai havia dito, que ia levá-la ao parque de diversões noturno e que ligaria para a mamãe. Mas agora...
"Está doendo tanto... E está tão frio... Papai, você pode vir primeiro? Pode abraçar a Jéssica? Não... Não me entregue para a tia..."
Aos poucos, uma multidão se formou ao redor.
As pessoas olhavam para aquela garotinha infeliz, deitada no meio da rua. Ninguém sabia de que família era, ou que tipo de pai ou mãe descuidado atravessaria um sinal vermelho com uma criança.
O motorista saiu correndo do carro e se agachou ao lado dela para verificar seu estado.
A menina ainda convulsionava, os olhos bem fechados, murmurando pausadamente com a voz fraca:
– Papai... Liga para a mamãe... A Jéssica ainda quer ir ao parque... Faz tanto tempo... Que não vai com o papai...
O motorista não ousou movê-la, lig