Yasmin terminou de mandar a mensagem, largou o celular e continuou recostada na cadeira, olhando silenciosamente para a noite. Passado um tempo, seus olhos se encheram de lágrimas.
Quantos anos se passaram, e ainda assim ela não conseguia esquecer.
Não se sabe quanto tempo depois, ela finalmente se levantou devagar, pronta para ligar o carro e voltar para casa. Mas então o vidro da janela foi levemente batido duas vezes, acompanhado de uma voz há muito tempo não ouvida:
— Yasmin.
Através do vidro escuro do carro, Yasmin viu um rosto envelhecido, mas familiar. Ela ficou olhando, atônita, esquecendo tudo ao redor.
Depois de muito tempo, ela abaixou o vidro e encarou aquele semblante marcado pelo tempo.
A voz de Yasmin saiu fria, carregada de repressão:
— O que você veio fazer? Está com a vida ruim, ou foi aquela mulher que não quis mais você, te jogou na rua?
O homem do lado de fora era Maurício Araújo, o pai de Yasmin.
Naquele tempo, ele tinha simplesmente fugido com uma dançarina prost