— Não! Me solte.
— Você não consegue me enganar, Helena. Fomos casados por anos, te conheço bem. — Bruno fixou os olhos dela e, devagar, acariciou seu rosto. O olhar dele era profundo, cheio de ternura. Seus dedos deslizaram até a barriga dela, enquanto ele murmurava com emoção. — Lembra daquela vez? Foi neste sofá que fizemos, e então vieram o Gonçalo e a Bella.
Helena estava deitada de rosto para cima, o cabelo negro se espalhava, exalando uma beleza frágil.
O olhar de Bruno carregava toda a intenção de um homem. Ele se inclinou e beijou seus lábios, dizendo com a voz rouca:
— Vamos tentar.
"Tentar o quê?"
Helena quis perguntar, mas Bruno não deu tempo a ela.
O que se seguiu foi algo nunca antes vivido: loucura, intensidade e até mesmo obscenidade, entregues sem reservas. A noite parecia tingida de tinta negra, interminável...
...
Logo, o inverno chegou.
Neste dia, a Mansão dos Lima exalava aromas deliciosos. Era dia de reunião familiar, então as cozinheiras estavam preparando salgad