Ao entardecer, os últimos raios de sol inundavam o quarto.
Helena dormia exausta. Bruno vestia calças compridas e uma camisa frouxamente colocada, com apenas dois botões fechados. Mesmo com um braço deformado e marcado, ele continuava atraente.
Por causa da tentativa de engravidar, Bruno não fumava. Ele olhava para o pôr do sol, enquanto passava a mão nos cabelos negros de Helena, relembrando a intensidade de momentos anteriores.
Helena acordou vagamente.
Diferente das outras vezes, ela não se virou de costas, permanecendo encostada no homem. Ao olhar para o braço destruído, ela o estudou em silêncio por um tempo e, baixinho, perguntou:
— Por que você fez aquilo naquela hora?
Bruno ficou atônito. Após alguns instantes, entendeu ao que ela se referia. Desde que se reencontraram, Helena nunca havia mencionado Melissa diretamente. Ele olhou para ela e respondeu em voz baixa:
— Helena, talvez tenha sido por culpa, mas, mais do que isso, foi por amor.
Ele amava Helena, amava Bella. Naquele