Helena fechou a torneira, ergueu os olhos e encarou Bruno pelo espelho. Sua voz era fria:
— Minha vida pessoal não tem nada a ver com você, não acha?
A garganta de Bruno se contraiu levemente:
— Sim, não tem nada a ver...
Helena se virou e foi embora.
Ao passarem um pelo outro, o braço direito de Bruno, escondido sob o paletó, se moveu sutilmente, mas, no fim, ele não fez nada. Apenas deixou que ela fosse.
Ele olhou para o próprio reflexo no espelho e deu um sorriso amargo.
"Bruno, com o que você pretende a reconquistar? Com um braço remendado, que nem ao menos consegue segurar um copo de água firmemente? O que você tem a oferecer para implorar que uma mulher tão jovem e cheia de vida fique ao seu lado e enfrente os olhares de reprovação dos outros? Bruno, a Helena tem tantas opções... Por que seria você?"
。。。
Ao cair da noite, um carro preto deslizou lentamente até a Mansão Torrente.
O veículo parou, e o motorista deu a volta até a parte de trás, abrindo a porta:
— Senhor, chegamos.
O