Às duas da tarde, Harley, em um estado deplorável, voltou correndo para a Casa dos Lima.
Tudo estava tão silencioso.
Um silêncio absoluto.
Na vastidão da mansão, parecia não haver ninguém.
Harley agarrou um dos empregados e perguntou:
— Ele já voltou?
O empregado ficou surpreso, mas, ao reconhecê-la, lágrimas começaram a escorrer involuntariamente. Com a voz embargada, ele respondeu:
— Senhora, vá ao hospital, por favor! O Sr. Bruno sofreu um acidente de carro. Um dos braços dele foi esmagado e ainda não sabemos se será possível salvar. Ele está na sala de cirurgia nesse momento.
Harley ficou paralisada.
Sem se importar com seu estado desleixado, correu para o hospital. O corredor em frente à sala de cirurgia estava lotado de parentes e amigos. Todos tinham expressões tensas, especialmente Tomás, que parecia completamente arrasado.
Harley, com os cabelos desgrenhados e passos cambaleantes, se aproximou e agarrou o braço do marido, perguntando com a voz trêmula:
— Bruno? Onde está o Bru