Na Cidade Y, de madrugada, em um hospital de maternidade.
O céu negro parecia ter um enorme buraco, e a chuva caía como colunas implacáveis, lavando o mundo com uma claridade surreal.
No segundo andar, na sala de parto, Helena estava deitada na maca, respirando profundamente e tentando empurrar os bebês para fora, sob encorajamento da equipe médica.
À meia-noite, a bolsa rompeu e o primeiro bebê começou a se mover pelo canal de parto. Ao chegar ao hospital, já era tarde demais para uma cesariana, agora só restava confiar no parto natural.
Lá fora, o trovão ecoava, e Helena estava encharcada de suor.
Ao lado, Agnes segurava firmemente a mão da filha, repetindo seu nome e oferecendo força e apoio. Dar à luz era como sambar na beirada da morte, e Agnes estava profundamente preocupada.
Por precaução, David já havia providenciado um avião particular para trazer a Sra. Rocha a Cidade Y. Ele aguardava no aeroporto, mas com a chuva intensa, não sabia se o voo chegaria a tempo. Agnes estava ans