Helena não suspeitou de nada, tampouco corrigiu o modo como foi chamada. Apenas assentiu com a cabeça.
As mãos da Sra. Cunha tremiam ainda mais. A esposa do homem mais rico da Cidade Y tocou com cuidado aquela pequena pinta avermelhada, como se estivesse lidando com um tesouro raro.
“É você? É você, minha filha preciosa que perdi?”
Seu coração se enchia de esperança, mas ao mesmo tempo temia que fosse apenas um engano.
Com muito cuidado, ela passou os dedos pela nuca de Helena e murmurou:
— Sra. Lima, acho que vi um fio de cabelo branco aqui atrás. Posso tirar?
Helena ficou surpresa, dizendo:
— Nunca percebi ter cabelos brancos antes.
Agnes puxou suavemente, mas o que veio foi um fio fino e escuro. Em seguida, pegou a roupa limpa para ajudar Helena a se vestir.
Ao dar a volta para abotoar a parte da frente, seus movimentos se tornaram mais lentos, os olhos marejados...
Se Helena diante dela fosse mesmo sua filha, fazia 22 anos desde a última vez em que lhe abotoou uma roupa.
“Lelê, já