Bruno assentiu com a cabeça. Enquanto desabotoava o paletó, caminhou em direção ao saguão iluminado.
A mansão continuava igual, mas ele sentia que estava muito fria...
Provavelmente porque Helena não estava ali.
A empregada, tentando agradá-lo, pegou o paletó e comentou casualmente:
— Senhor, quer um prato de macarrão simples? Aprendi com a senhora a fazer aquele molho especial de carne.
Bruno parou por um instante:
— Nesses dois meses, a senhora voltou alguma vez?
A empregada balançou a cabeça.
Bruno se sentiu desolado, não perguntou mais nada e subiu direto para o escritório no segundo andar.
Tudo estava como antes.
A única diferença era uma intimação judicial sobre a mesa reluzente... A audiência seria depois de amanhã.
A janela do chão ao teto estava tão limpa quanto um espelho, refletindo a luz, e também a decadência de Bruno.
Ele vestia um terno feito sob medida, com o cabelo cuidadosamente penteado com pomada, tudo parecia impecável por fora, mas por dentro, ele estava devastado