— Você não quer dizer onde ele está, mas quero te perguntar... Ele ainda existe? Ainda está vivo? Está morto ou vivo, você precisa me dar uma resposta certa.
Do canto dos olhos de Eduardo, deslizou uma lágrima, rara e contida. Os lábios de Helena tremiam levemente. O homem abriu a boca em voz baixa:
— Fique tranquila! Ele está vivendo muito bem, vivendo em paz e liberdade.
Os lábios de Helena ainda tremiam, até que, passado um momento, ela sorriu suavemente.
— Obrigada por me dizer isso.
Eduardo reprimiu com todas as forças a emoção, e disse com firmeza:
— Aquele desgraçado não vai se deixar faltar nada.
Eduardo partiu no meio da noite. Sentado sozinho no banco do motorista, tragou com força vários cigarros, depois ficou muito tempo debruçado sobre o volante.
Ele nunca foi um homem sentimental. Antes, nunca amou de verdade nenhuma mulher, a sua vida inteira foi uma luta contra Bruno. Agora que Bruno se retirou do mundo, Eduardo parecia ter perdido o rumo.
No meio da mesma noite, Eduard