Helena não recuou.
Ela caminhou até Bruno e o encarou.
Na brisa da noite, seus cabelos pretos e roupas brancas esvoaçavam. Os lábios vermelhos faziam com que até as luzes de néon ao redor parecessem desbotadas.
Ela falou suavemente:
— Veio me procurar por algo? Se for por causa do Fabrício, estou muito satisfeita. Tenho que te agradecer.
Bruno, com os olhos profundos, respondeu:
— Que bom que você gostou. — Naquele momento, ele parecia ter recuperado a compostura de antes, diferente do tom submisso e suplicante de antes, e até mesmo acrescentou uma frase. — Se você quiser, amanhã escolho mais alguns bons e mando pra você.
O olhar que Helena lançou para ele já era outro.
“Doente!”
Ao lado, Fabrício se divertia com a cena. Ele abriu a porta do carona da Rolls-Royce rosa e gritou de propósito:
— Ô, minha dona, temos que ir para casa agora!
Bruno franziu o cenho, questionando:
— Ele te chama de “minha dona”?
Helena caminhou até o carro e respondeu com indiferença:
— Não pode? Se eu quiser,