Jacó pronunciou as palavras com frieza, sem a menor compaixão:
— Já que fez uma escolha, tenha a coragem de arcar com as consequências.
O corpo de Gisele tremeu levemente. Ela mordeu os lábios com força antes de responder:
— Tio tem toda razão. Por isso, eu não tenho o direito de pedir o perdão da Professora Helena. Hoje, eu realmente só queria visitá-la e pedir desculpas de coração. Mas, quando fiquei diante dela, não consegui levantar o rosto. Não tive coragem de encará-la. Sei que a professora está muito decepcionada comigo. Ela certamente não vai me perdoar nem quer me ver.
A voz de Gisele ficou embargada. Ela ergueu a cabeça para encarar o céu escuro, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair.
Jacó a observou e, com um tom firme e grave, disse:
— Como você pode ter tanta certeza de que ela não vai perdoá-la? Você nem sequer tentou. Já está desistindo antes mesmo de lutar. Uma tartaruga que se esconde na carapaça nunca verá o mundo lá fora.
Os olhos úmidos de Gisele piscaram