Anny Celik
O sol mal tinha surgido no horizonte quando me levantei. A mansão de Miguel estava silenciosa, e ele ainda dormia profundamente ao meu lado, uma expressão de serenidade que eu raramente via. Olhei para o anel no meu dedo, a joia capturando a luz suave da manhã. Meu coração estava em paz, mas também sabia que era hora de fechar um capítulo da minha vida.
Depois de tomar banho e me vestir, deixei um bilhete breve para Miguel, avisando que voltaria em algumas horas. Peguei as chaves do carro e dirigi até o hospital.
Ao entrar no prédio, senti uma mistura de nostalgia e tristeza. Eu amava meu trabalho, mas sabia que, com tudo o que tinha acontecido, não podia mais continuar ali. Subi direto para o escritório do diretor, Marc, e bati suavemente na porta.
— Entre — ouvi a voz familiar dele.
Abri a porta e o encontrei sentado à sua mesa, revisando documentos. Ele levantou o olhar e sorriu ao me ver.
— Anny, que surpresa. Como está?
Respirei fundo, tentando organizar me