Camila Duarte Ricci
A noite já tinha caído sobre a mansão quando a campainha soou, ecoando pelos corredores silenciosos. Eu estava na sala de estar, ajeitando uma manta sobre o sofá, quando me virei para Lorenzo, que estava ao lado da lareira, girando um copo de uísque nas mãos.
— Você convidou alguém? — perguntei, franzindo a testa.
Ele sorriu de lado, aquele sorriso misterioso que sempre me deixava em alerta e um pouco fascinada, antes de dar um gole na bebida.
— Você vai ver.
Antes que eu pudesse insistir, a porta se abriu e, para minha surpresa, Theo surgiu ali, com um sorriso largo.
— Tom! — O abracei sem pensar duas vezes. O calor familiar daquele abraço trouxe uma sensação reconfortante, como se uma parte esquecida de mim ainda soubesse exatamente quem ele era. — É tão bom ver você.
— Igualmente, Camila. — Ele me soltou, mas seus olhos me estudaram, como se tentassem decifrar o que eu lembrava e o que eu não lembrava.
Anny e Miguel, os pais de Lorenzo, vie