Capítulo Cento e trinta e oito

Dimitri Carter

As palavras de Isabella ecoavam na minha mente como um eco cruel, repetindo-se sem trégua. Cada sílaba, cada palavra, estava em minha pele como uma lâmina afiada, reabrindo feridas que eu acreditava já estarem cicatrizadas. Que tolo. A dor nunca tinha me deixado, ela só estava adormecida, esperando o momento certo para ressurgir.

Sentei-me na poltrona de couro do meu escritório, uma garrafa de vinho já vazia ao meu lado, enquanto a segunda já estava sendo aberta. O líquido vermelho escorria pela borda da taça, tingindo meus lábios com uma cor que me lembrava sangue. Um símbolo perfeito da minha alma: manchada, suja, irreparável.

A noite lá fora parecia tão fria quanto o vazio dentro de mim. As estrelas brilhavam em um céu negro, indiferentes ao meu sofrimento, exatamente como o mundo foi quando tudo desmoronou há sete anos atrás.

Eu bebi. Engoli o vinho como se fosse água, esperando que anestesiasse a dor, mas tudo o que ele fez foi avivar as lembranças. Lembra
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App