Camila Duarte Ricci
Após me abraçar ele levantou da cama e foi em direção a porta que estava entreaberta quando Lorenzo deu um passo à frente, prestes a sair do quarto. Meu coração disparou. Algo dentro de mim, um desejo profundo e instintivo, me impediu de deixá-lo ir.
— Lorenzo… — minha voz soou mais rouca do que eu esperava.
Ele parou. O silêncio pesou no ar, carregado de algo elétrico, como se estivéssemos presos em uma bolha de tensão prestes a explodir.
— Esse é o seu quarto — continuei, levantando-me devagar da cama, sentindo a leve brisa noturna roçar minha pele exposta pela camisola de seda que eu usava. — Mesmo que eu não me lembre de nós dois… sinto algo aqui dentro — toquei meu peito — algo que me diz que você já esteve dentro de mim… tantas vezes.
Os olhos dele, antes duros e cautelosos, escureceram. O ar ficou pesado.
— Camila… — ele sussurrou meu nome como uma tensão e uma promessa ao mesmo tempo.
— Eu não lembro de como é seu corpo nu — admiti, min