No avião, a caminho da cidade A, enquanto observava as nuvens pela janela, de repente, vi o rosto de Daniel. Desde que o processo de divórcio se encerrou, não o encontrei mais, ele também não me ligava espontaneamente. Havia uma sensação inexplicável de desapontamento em meu coração.
Mesmo assim, eu me mantive contida, resistindo à tentação de me aproximar demais dele.
Contudo, não pude deixar de pensar nele. Assim que pousei e liguei meu telefone, notei uma chamada não atendida dele.
Após um breve momento de reflexão, decidi retornar à ligação. Do outro lado, ele me perguntou diretamente:
- Onde você está?
- Acabei de pousar na cidade A! - Respondi honestamente.
- Sozinha?
- Sim.
- Ok, se cuide!
O tom dele era distante, sem vontade de prolongar a conversa.
Segurando o celular, senti uma frustração especial. Ele me ligou apenas para fazer duas perguntas? Estava prestes a questionar onde ele estava e qual era o motivo da ligação, mas ele já havia encerrado a chamada do outro lado.
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