Daniel permaneceu em silêncio.
Nicole, com aquele jeito falso e delicado, segurou o braço dele com suavidade, como se quisesse acalmá-lo:
— Dan, não fica assim, vai... Não foi sua culpa. Como você ia saber que ela tava grávida? Você jamais faria isso de propósito! E a avó dela... tadinha, mas já era bem velhinha, podia acontecer a qualquer hora. Não se culpe, por favor.
Daniel afastou a mão dela com um movimento brusco, o olhar gelado, mais do que ela jamais tinha visto.
Nicole, assustada com a frieza dele, forçou um sorrisinho, tentando manter o controle:
— Dan, por que tá me olhando assim?
Daniel, com a voz cortante, foi direto:
— Aquele dia, o cachorro... Ele fugiu sozinho ou foi você quem soltou ele?
Nicole arregalou os olhos, fingindo surpresa, e respondeu com um tom inocente:
— Você tá achando que fui eu quem soltou o Totó de propósito, só para te fazer me ajudar a procurar?
Daniel não respondeu.
Apenas a encarou com indiferença, e disse, firme:
— A partir de hoje, eu não quero