Enquanto isso, nos quartos da mansão Baudelaire, Paola estava sentada lendo para Benjamin. Ela lia poesias, na tentativa de acalmar o marido. Sr. Benjamin enfrentava um câncer cerebral, que o havia levado a ser hospitalizado por um tempo. Sua condição era delicada, e Paola temia que, a qualquer momento, o pior pudesse acontecer.
— Sra. Paola, tem um telefone para a senhora! — avisou uma das empregadas, surgindo na porta.
— Oh, certo... de onde é? — perguntou, franzindo o cenho.
— Parece que é do hospital, senhora.
— Do hospital? Quem será? — seu coração disparou.
Atendeu com certa apreensão.
— Alô? Falo com quem?
— A senhora fala com Paola. Em que posso ajudar?
— Senhora Paola, aqui é Isabella, do Hospital Santa Helena. A senhora é parente de Lily Helena? — a voz do outro lado soou profissional, mas havia uma ponta de urgência.
O coração de Paola congelou. Por um segundo, pensou que a ligação fosse sobre Benjamin, mas, ao ouvir o nome de Lily, sentiu o sangue gelar nas veias.
— O que