— E o que aconteceu? — Ana perguntou, aflita e curiosa.
— Bom, aconteceu algo que me tirou o chão dos pés... literalmente, porque eu quase desmaiei. Só me mantive firme porque a dona Paola me segurou.
O Rafa estava tendo uma discussão com o Sr. Afonso, pai dele. Ele berrava, dizendo que não ia se casar comigo, que nunca nesse mundo existiria essa possibilidade, e que, se o pai insistisse, ele queimaria a igreja com todos dentro, se fosse necessário, mas que de jeito nenhum se casaria com uma “interesseira” como eu.
— Haaaan, MEU DEUS DO CÉU, LILY, EU VOU MATAR ESSE CARA!
— Vai nada, doida. De qualquer forma, ouvir aquilo me machucou muito. Naquele momento eu entendi que ele nunca seria meu. Ele me achava interesseira... deve ter sido por isso que ele nunca falou comigo.
Eu queria sair correndo, falar pro meu tio que queria desistir do casamento. Mesmo meu lado egoísta falando que não, pois... poxa, eu gostei dele a vida inteira. Desde que eu era uma garotinha. Que mal havia em uma gar