— Eu juro que vou te matar, Rafael! Abre essa porta agora ou eu te jogo pela janela!
— E vai fazer isso como, Lily? Esqueceu que você é um gnomo ambulante?
— EU VOU TE MATAR, SEU MALDITOOO! — Lily avançou, as mãos armadas com as unhas prontas pra riscar o rosto dele. Dessa vez ela não estava blefando, estava furiosa de verdade.
Rafael se assustou. Aquela expressão de ódio, o olhar dela — ele nunca tinha visto Lily daquele jeito. Se levantou num pulo e segurou os punhos dela no ar, tentando impedir o ataque.
— Para com isso, sua maluca!
— Seu idiota! Imbecil! Maldito! — Ela gritava, se debatendo, descontrolada.
— Para, sua louca! Chega!
Os dois pararam. A respiração estava acelerada, os rostos vermelhos de raiva… e outra coisa. O silêncio invadiu o quarto, e foi aí que Lily olhou pra baixo.
— S-sua toalha… ela… ela…
Rafael seguiu o olhar dela. Os dois ficaram paralisados. O constrangimento explodiu entre eles como uma bomba silenciosa.
Dava até pra disputar quem tinha ficado mais vermel