Os três passaram boa parte da noite tirando sarro do Eduardo, imitando frases como:
– “Ai, vai Rafa... vai, seu cafajeste!” – dizia Arthur, jogando os cabelos imaginários pra trás.
– “Me chama de Rafa de novo, vai...!” – completava Thomas, fazendo voz manhosa.
Eduardo só faltava virar um Hulk. Já estava com cara de quem queria quebrar todos os tacos de sinuca na cabeça dos três, um por um. Só faltava escolher a ordem.
As conversas se estenderam, as piadas não paravam, e as gargalhadas tomaram conta da sala como se fosse a final de um stand-up. Quando Rafael finalmente olhou o relógio, arregalou os olhos.
– Caraca, já é de madrugada!
– Sério? – Arthur tentou ver o horário no celular, mas estava tão rindo que errou o código três vezes.
– Preciso ir. Amanhã eu começo mais tarde, mas ainda assim preciso dormir pelo menos umas três horinhas pra parecer um ser humano.
– É, tem razão. O escritório tá uma loucura, entrou processo até contra o micro-ondas da firma – disse Thomas, já se levantan