Mateus
Não sei como, mas ainda me surpreendo com Patrícia, como pode ser tão baixa, olho para Mirella e vejo que está pálida, lágrimas escorrem por seu rosto sem parar.
— Meu Deus! Minha irmã é um monstro. —
Ela fala já soluçando de tanto chorar.
— Ei pequena, não fica assim, olha para mim! —
— Não tenho coragem, tudo isso é culpa da minha irmã, me perdoa Mateus por favor? —
Ela fala enquanto me abraça. Fico em silêncio por um tempo, deixo que ela coloque toda sua dor para fora, ela fica um bom tempo pedindo perdão, dizendo que Patrícia é um monstro e chorando. Até que eu resolvo falar.
— Mi, por favor, não fica assim, você não tem culpa de nada, olha para mim pequena! —
— Meu Deus! Você lembrou do meu apelido Mateus. —
— Eu nunca esqueci pequena. —
Ela me olha confusa e espantada.
— O que? Como assim? —
— Senta que vou te contar. —
Começo então a relatar tudo para ela, conto que desde o início eu ouvia tudo que era falado, relato tudo que aconteceu no caminho para o hotel até o acide