Ponto de vista de Scott
Quando cheguei na porta do apartamento de Kelly, meu coração estava prestes a explodir. Cada segundo sem ela parecia arrastar a minha paciência e minha sanidade para um limite que eu não queria atingir. Bati na porta com força, chamando seu nome, e por um instante, nada.
— Kelly! — gritei novamente.
A porta se abriu lentamente, e a cena que me esperava me atingiu como um soco. Kelly e Mateo estavam próximos demais. Próximos de um jeito que não deveria acontecer. Vi a mão dela tocando o braço dele, o corpo encostado, o ar carregado de uma tensão que queimava. Meu estômago se revirou.
A raiva misturava-se à preocupação. Eu queria atravessar a porta e afastar Mateo com a força de um tsunami, mas não podia. Não agora. Hope estava doente, e a prioridade era ela.
— Ela... está no hospital! — quase gritei, sem conseguir controlar a urgência na voz. — Não para de chamar por você!
Kelly piscou, surpresa e assustada, e naquele instante percebi o quanto ela me confiava, o