Ponto de vista do Scott
Eu e a Hope estávamos tomando café da manhã quando meu assessor chegou todo sorridente com o jornal. A empregada avisou que ele aguardava no escritório; quando entrei, o sorriso do Alex ia de orelha a orelha.
— Scott, você é um gênio, a imprensa foi à loucura. Ir ao show de talentos da Hope ganhou muitos pontos para sua imagem, recuperou um pouco dessa coisa de “bom pai”. — Ele parecia orgulhoso do próprio golpe.
— Que ótimo — respondi, seco. — Mas você sabe que não foi por isso que fui, né?
— Sei, sei. Mas olha só, todo mundo está especulando um romance entre você e a professora.
— O quê? — perguntei, incrédulo, e ele me estendeu a cópia do jornal.
Peguei o papel e vi a foto. A química ali era inegável; por um instante senti de novo a sensação de tê-la nos meus braços. Sacudi a cabeça e voltei à realidade.
— Isso não pode estar acontecendo — falei, me jogando na poltrona do meu escritório recém-reformado (precisei refazer tudo porque metade daquele espaço me le