— O que significa isso, Luiza? — a pergunta soou baixa, mas minha voz estava fria o bastante para fazê-la recuar um passo.
— É isso que está escrito aí, Oliver, eu descobri ontem quando fui fazer exames de rotina, mas só consegui vir te contar hoje porque estava tentando digerir a novidade. — falou, sua voz soou embargada como se tivesse emocionada.
Eu olhei a mulher diante de mim, sua expressão mostrando uma emoção exagerada demais na minha opinião. Não deveria ser este o meu pensamento, afinal é um filho e isso é algo espreita, deveria me deixar emocionado também, mas tudo o que eu sinto é… incômodo. Me incomoda ter que ficar ligado a Luiza pelo resto da vida. E me incomoda mais ainda quando eu penso que ter um filho era o sonho do meu irmão, mas a Luiza dizia que era cedo demais para casar e fazer a família crescer.
— Você não está feliz, Oliver? — perguntou ela, estudando a minha expressão.
— Luiza, eu não sei bem o que pensar sobre isso. Preciso digerir primeiro a… novidade —