De cara com o mafioso cruel
De cara com o mafioso cruel
Por: Autora R
Um

Era quase oito da noite e Ariadne já estava pronta para se encontrar com seu cliente. Ela estava divinamente bela, porém, seus apetrechos se encontravam todos dentro de uma bolsa. Seu chicote, sua roupa de mulher gato, pedido especial do cliente e vários “brinquedos” que gostava de usar durantes as sessões. Para se deslocar até o apartamento de Dino, ela estava vestida em um macacão verde escuro, colado até a cintura, mas solto nas pernas. O vestuário era tampado na frente, nem um mínimo decote mostrando os seios havia, no entanto, a parte de trás era adornada por uma abertura que deixava as costas totalmente à mostra, além de cavado até a lordose. Um escarpin preto de salto e uma bolsa de mão. Quem a visse, logo diria que estiva indo para alguma festa da alta sociedade.

Ele fechou a porta da frente de seu apartamento a chave e pegou a bolsa maior contendo seus “brinquedos” e quando já estava na porta do elevador, seu telefone toca.

— Simon? Aconteceu algo? — perguntou.

— Nada. Só liguei para saber se já está indo!

— Sim, estou!

— Ótimo! Seu cliente ligou. Ele disse que ele disse que pagará o dobro para ter sexo a noite toda com você!

— Só isso? Eu pensei que tivesse sido algo mais grave. — disse ela. — Já disse que vou cuidar muito bem do garotão!

Após um beijo estalado no telefone, ela entrou no elevador e na entrada do prédio, tomou o táxi que a esperava. Então rumou para o outro lado de Manhattan, para mais uma noite de luxúria e muito lucro financeiro.

***

Em um bar no Brooklin, dois homens misteriosos conversavam a respeito de um assunto bastante peculiar. Um era ruivo e de aparência britânica, 1.90m, cerca de 80kg, conversava com outro. Cabelos castanhos, olhos azuis, pele clara e rosto quadrado. Tinha 1.80m e pesava cerca de 75kg. Porte físico atlético, mas estavam tentando manter-se despercebidos pelas pessoas no local.

— Fiquei sabendo que a turma do Simon vai agir nos próximos dias! — disse o ruivo.

— E como você sabe?

— Tenho monitorado a mulher desde que ela chegou!

— Mas acho que não tem nada a ver com a mulher. Certamente ela será mais um bode expiatório. — respondeu o ruivo, aproximando-se do castanho e olhando para os lados. — A outra prostituta que achamos morta, fazia parte da rede do Simon e só do fato dele não ter se manifestado, indica que teve a ver com isso!

— Acha que ele pretende...?

— Usar outra? Sim! — novamente respondeu, cruzando uma mão na outra, com os dois cotovelos sobre a mesa. — O velho disse pra você ficar de olho no Dino. O Simon pode querer atacá-lo para desestabilizar os Greys!

— Mas, eu? — retrucou. — E como fica vigiar a vadia?

— A “vadia” já está a caminho do apartamento do Dino a essa hora. Puxei a ficha dela e a vagabunda faz parte da rede do Simon!

— Então eu vou pra lá agora mesmo. Se alguma coisa der errado, eu chamarei reforços! — o castanho disse, levantando-se. Ele então se dirigiu para o carro onde se encontravam seu colete à prova de balas e suas armas. Foi só o tempo de se equipar e deu a partida, cantando pneus. — Puta que o pariu, agora eu terei de bancar a babá de fodedor!

***

Ariadne chegou ao prédio e suspirou assim que olhou para o alto. A cobertura de luxo era o seu destino. Ela então se apresentou e depois de ter a entrada autorizada, entrou no elevador e ficou ali até que o mesmo chegasse ao seu destino final. Apesar de nunca ter sentido algum nervosismo desde que começou sua vida de prostituta de luxo, naquela noite algo não parecia estar certo, Nadja, como era seu codinome, sentiu um frio fraco na barriga, mas pensou ser ansiedade e por isso, procurou inibir aquela sensação. Pareou na porta do apartamento e tocou a campainha, destacando a enorme unha pintada de vermelho, de seu dedo indicador.

— Uau! A Rainha de Nova York! — disse o homem, vestindo uma calça e camisa de mangas longas, com parte dos botões abertos, mostrando um tórax definido. — Entre, majestade! Dino Galaretto, ao seu dispor. — disse ele, inclinando-se e beijando-lhe a mão.

A mulher entrou no apartamento e ficou admirada com tanto luxo, embora já houvesse se acostumado com tal. A cobertura parecia ter sido construída inteiramente em vidraças, com exceção do teto e de alguns cômodos.

— Onde poderia me trocar? — perguntou ela, olhando por cima do ombro.

— Por aqui!

O homem a guiou até o quarto e ao fazer menção de entrar, foi logo contido pela dominadora.

— Você não!

— Como quiser, minha rainha!

Após sair do quarto, devidamente trajada para a sessão de dominação, Nadja começou sua brincadeira. Entregou um avental nas mãos de Dino e exigiu que o mesmo lhe preparasse um drink e algo para petiscar. O homem rapidamente vestiu o avental, única coisa que usaria naquela noite. Sua dominadora fez questão de que o mesmo ficasse com o bumbum bem trabalhado à mostra. Era uma parte dos homens que Nadja adorava apreciar. Ele preparou o drink conforme as ordens dela, em seguida foi até a cozinha e preparou um prato com pedaços de queijo Brie azeitonas. Foi o único petisco que conseguiu preparar naquele momento. Ele o colocou sobre a mesa, enquanto Nadja observava tudo, sentada em uma cadeira, de pernas cruzadas. Ela também segurava o chicote, para deixar o ambiente ainda mais atraente.

— Espero que esteja do seu gosto, minha rainha! — falou, curvando o corpo para frente, em sinal de reverência.

— Sirva-me!

Ele pegou um prato menor e colocou alguns pedaços de queijo e azeitonas, em seguida pôs um pouco vinho em uma taça e a entregou para ela. Depois de tudo, o homem apanhou um pedaço do queijo e nesse momento, foi punido com uma chicotada na mão.

— Quem mandou comer? — perguntou ela, imperiosamente. Levantou-se e cresceu diante do dominado. — Já disse que só come depois que eu comer, só bebe depois que eu beber. Entendeu?! — vociferou. A cada palavra dita, uma chicotada em suas pernas e braços.

— Sim, minha rainha! — respondeu, encolhendo-se do outro lado da mesa.

Nadja comeu a comida e bebeu o vinho. Para completar seu serviço, ela sempre jogava um pedaço de queijo no chão para que Dino o pegasse e o comesse. Aquilo soava para a mulher como um prazer tão intenso quanto o do sexo em si, pois em dadas vezes ela recordava do quanto havia sido humilhada pelos homens que a violaram naquele deserto. Ela seguiu batendo com o chicote, algemando o mesmo na cabeceira da cama e o torturando com choque de baixa voltagem. Entre uma tortura e outra ela fazia sexo oral nele, a fim de tornar as sensações do homem ainda mais intensas. Depois da sessão de dominação, Nadja o levou até o banheiro onde preparou uma banheira com diversas ervas aromáticas que sempre carregava consigo. Conforme Beatrix lhe havia instruído, era sempre bom proporcionar ao cliente uma deliciosa massagem relaxante e um banho aromático para curar os traumas da dominação.

— Impressionante como você é capaz de fazer um homem sentir dor e prazer, ao mesmo tempo! — elogiou Dino, enquanto a mulher o cobria com alguns punhados de camomila. — Você é maravilhosa, Nadja. Se eu pudesse a teria só para mim!

— Infelizmente esse seu desejo não pode ser realizado, amor. Mas se tiver disposição para pagar, serei sua a hora que quiser! — falou inclinando o corpo e colocando o falo dele em sua boca. Dino fecha os olhos e sorri em meio ao prazer sentido.

Após o banho, ele finalmente teria o que queria. Fazer sexo com a mulher mais desejada de toda Nova York. Os dois gemiam sem se importar com o que se passava do lado de fora daquela sala, só os corpos unidos pelas sensações da intimidade de Nadja e do membro de Dino, importavam. Foi então que algo atrapalhou o casal.

— Dino!

A voz masculina falou, entrando sala adentro sem a menor cerimônia. Nu, o outro homem desligou-se da mulher com quem estava e reclamou:

— Qual é, cara! Estou no meio de uma foda com a mulher mais gotosa de Nova York e você aparece para me interromper! Não podia deixar isso pra manhã?

Devido a estar escuro no apartamento, Nadja não pôde ver com exatidão o rosto do homem que acabara de entrar, apenas conseguiu ver que os cabelos eram claros e cacheados, como aqueles dos anjinhos das catedrais, mas o termo anjo passou um pouco longe da pessoa que estava ali.

— Você tem razão, Dino. — disse ele com uma voz rouca e misteriosa. — Meu pai sempre diz que é perigoso ficar entre um homem e uma boceta. Mas no seu caso... eu sinto muito, tenho ordens a cumprir.

Ariadne sentiu o sangue de seu cliente respingar em seu rosto. A sensação de prazer agora dera lugar ao medo e a incerteza diante daquela arma com um silenciador apontada para a sua cabeça. Ela então pensou na única pessoa que realmente importava na vida. Dona Jovelina, a sua mãe.

A mulher gritou horrorizada e seu instinto logo a disse para que corresse e ela o atendeu. Enquanto procurava se proteger atrás dos móveis, o assassino efetuava disparos, até que ela conseguiu chegar à porta do apartamento e dali tomou o caminho das escadas onde sentiu ser puxada para dentro de um compartimento secreto que havia na parede à esquerda. Ficou ali tentando gritar, mas foi advertida pelo estranho de que se gritasse, o assassino certamente a acharia e mataria a ambos. Assim que a ameaça passou, o homem viu que era seguro sair e quando ela olhou para o seu salvador, imediatamente o reconheceu.

— Você? Jack Morris?

— Olá, senhorita Llosa? — saudou, mas com cara de desprezo. — Vista isso, rápido! — jogando para ela, um casaco.

— O que quer de mim? — perguntou.

— Tenho que te levar daqui e rápido! — respondeu com a arma em punho, checando o perímetro.

— Me levar pra onde? — perguntou novamente, enquanto se vestia.

— Isso é confidencial. Agora vista a porra desse casaco, por que eu não posso andar com você pelada por aí. — respondeu, com certa agressividade. — Sem falar que eu não sou feito de ferro. — Olhou para ela, da cabeça aos pés. — Só de te olhar o meu pau fica duro feito pedra. Ô missão desgraçada, vamos!

Jack puxou Ariadne pelo braço e a mulher não fazia a menor ideia de para onde estava sendo levada. Mas uma coisa era certa, aquele homem era tudo em quem poderia confiar naquele momento, pois não tinha como avisar Simon do ocorrido e pensou que certamente ele a procuraria assim que soubesse do ocorrido. Jack conseguiu sair com a peruana em segurança, do prédio e a fez entrar em um SUV preto de vidro escuro, levando-a para um lugar ao qual ela não tinha a menor noção de onde poderia ser.

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