A segunda-feira no 12º andar foi uma obra-prima de dissimulação. Isabella desempenhou seu papel de assistente exilada com uma perfeição digna de um prêmio. Ela era eficiente, distante e impecavelmente profissional. Respondeu a e-mails, organizou agendas e falou com Pedro apenas quando necessário, sempre usando o formal "Senhor Montenegro".
Verônica a observava como uma gata que encurralara um rato, saboreando a aparente queda de sua rival. Mal sabia ela que, enquanto sorria vitoriosamente, a verdadeira comunicação entre o rei e a rainha acontecia em um nível que ela não podia ver.
No bolso de Isabella, o celular descartável era um peso quente e secreto. Um portal para o verdadeiro jogo.
Perto do meio-dia, ele vibrou. Uma única mensagem de um número bloqueado.
"Prepare a isca."
O coração de Isabella deu um salto, uma mistura de adrenalina profissional e uma corrente subterrânea de excitação. A caçada a Aris Thorne havia começado. Ela respondeu com uma única palavra.
"Preparando."