CAPÍTULO 1

10:32AM

18 de janeiro.

Sabe quando o seu dia anterior é tão insano e inimaginável que quando você acorda no dia seguinte, acha que tudo foi um sonho? Foi o que aconteceu, acordar e ver Alessandro do meu lado após três segundos de olhos fechados achando que tinha vivido apenas um sonho estranho, me jogou de volta a realidade.

O homem que estava do meu lado na cama foi simplesmente meu melhor amigo a vida toda, o qual eu brinquei, briguei, chorei, ri, e confiei. E agora confiei mesmo, o suficiente para entregar a coisa mais valiosa que eu tinha pra mim, minha pureza. Ele é muito bonito, não é algo que pode se negar só que eu nunca o vi com olhos de malícia e atração, o que me trouxe até ele ontem foi o desespero e ouso até dizer que o bom senso, porque, se eu tivesse escolhido qualquer outro para participar desse plano, eu estaria condenando um inocente a morte e tornando o que era um problema meu, o de outra pessoa também. E isso não seria justo.

Foi incrível, não é algo que eu posso negar, nunca conheci o prazer nessa proporção, na hora em que ele estava dentro de mim, eu já não pensava mais em nada, é o que o tesão faz com as pessoas, as move e as cega. Só que agora, eu me sinto envergonhada, como se eu tivesse cometido um incesto, como se também tivesse usado ele...claro que eu fui transparente desde o primeiro momento e disse o porquê do meu pedido e ele aceitou sabendo, só que essa sensação ainda está em mim.

O que mais eu poderia fazer? Era o único jeito de salvar a minha vida, eu sempre tive uma vida maravilhosa, e eu sei o quão sortuda fui até aqui, nasci no melhor momento da vida dos meus pais, que individualmente tiveram uma vida muito difícil e fizeram questão de proporcionar pra mim tudo que eles não puderam ter.

Eu tive luxos que a maioria das pessoas não tem acesso, uma mãe maravilhosa e atenciosa, um pai que colocaria o mundo aos meus pés se eu apenas piscasse os olhos e fizesse um biquínho. A felicidade deles depende da minha também, e tudo que eu quero é ver eles felizes, ver que se saíram bem no seu plano de me fazer a menina mais feliz do mundo. Como eles sentiriam que não falharam se me vissem perdendo o brilho caindo em um casamento cheio de agressões e traições com alguém fora do meu país? Fora de nossas leis igualitárias na medida do que a máfia permite.

Quando meu pai retomou a máfia, reconstruiu ela ao voltar para a irlanda, fez inúmeras reformas para que garantir que eu não sofreria com o machismo e injustiça do mundo do crime. Fez da nossa máfia, a máfia O'neill, como foi nomeada depois da tomada do poder de volta, um lugar seguro para mim, para que um dia eu pudesse governar em seu lugar e nossas gerações, independente do sexo, pudessem fazer parte do crescimento.

E me sinto burra ao pensar, que quase estraguei tudo caindo na lábia de Peter Romanov. Ele é um dos mais novos membros do conselho, seu pai faleceu recentemente, e pouco depois disso nos conhecemos melhor e na minha cabeça, seria bem conveniente aceitar seu pedido de casamento para deixar as alianças com a Rússia mais sólidas.

Não o amava, nem poderia dizer que estava apaixonada, mas sentia afeto por ele, ele era legal comigo, me fez promessas e eu acreditei, acreditei que ele deixaria eu trabalhar e assumir o lugar do meu pai, até ver que ele esse casamento era mais conveniente para ele do que para mim. Quando eu descobri que ele me traia, eu não fiquei mal como normalmente pessoas com o coração quebrado ficam, esse foi o lado positivo de me envolver por impulso em uma relação séria, o que me doeu de verdade foi a agressão e a forma com a qual ele me tratou, não quis me deixar sair disso. Temendo meu futuro, fui parar nas mãos de Alessandro, alguém que eu confiei que poderia me ajudar e sair impune, já que Peter não seria louco nem em seus mais profundos sonhos de fazer algo contra ele.

Eu sei agora que me salvei do Peter, só que eu estou com um sensação estranha, de que talvez do Alessandro eu não possa me salvar. Ele...sempre teve um ciúme de mim, desde criança, bem intenso e que as vezes me assustava, diversas vezes eu justifiquei a mim mesma dizendo que era um ciúme fraternal, coisa de irmãos, até não poder mais justificar e ficar claro que tipo de ciúme era.

Não queria me aproveitar dos seus sentimentos por mim, só que eu não tive escolha, qualquer um no meu lugar escolheria esse caminho, entre apanhar e ser traída e privada de tudo.

Caio na realidade, deixando o copo de suco sobre a mesa de café da manhã, extensa e bem cheia de muito mais do que duas pessoas poderiam comer sozinhas, eu não acho que precisava de tudo isso mas ao mesmo tempo acho fofo a preocupação dele de colocar inúmeras opções para seja lá o que eu tiver vontade. Todo mundo sabe o quanto eu sou comilona, meu pecado capital com certeza é a gula.

Fico completamente arrepiada quando ele encosta os lábios no meu pescoço, deixando um beijo molhada e em seguida um selinho em meus lábios, retribuo ainda meio atônita e sorrio.

- Como acordou feliz, que bom humor... é difícil te ver assim. Você é todo bravo. - Dobro a fatia de pão, levando a boca enquanto ele serve seu café.

- Não era para estar de bom humor vendo minha mulher no café da amanhã?

tomo o suco com os olhos arregalados, tentando não deixar que o pão fique entalado na garganta.

Okay...ele estava falando sério mesmo, acho que eu acordei a fera que nem estava adormecida, estava em um sono leve, esperando apenas uma cutucada de vara curta.

- Que cara é essa? - Seu punho se fecha enquanto o outro continua segurando a xícara, a qual ele abaixa lentamente sem desviar o olhar de mim. Um olhar mais do que sério.

Deixo a expressão morrer, ficando vermelha de vergonha, e sei disso porque sinto a ardência do rubor em minhas bochechas.

- Nada...só fiquei um pouco surpresa com a escolha de palavras. - encolho os ombros.

Minha mulher.

- O que a incomodou? O minha mulher?

- É...- abaixo o olhar , levando o garfo a boca, começando a comer uma salada de frutas em uma taça de sobremesa.

Comida acalma meu nervosismo.

- Diga o que esta pensando Angelina.

- Não achei que era sério...só isso. Achei que era coisa que se dizia na hora só tesão.

- Acha que o que tivemos não foi nada? - Sua cara fica ainda mais fechada, acho que estou deixando ele realmente ofendido. - O que pensa da vida? O que acha que vai acontecer daqui pra frente Angelina?

Se ele soubesse que é exatamente isso que me assusta...

- Alessandro...eu não sei! As pessoas fazem sexo casual o tempo inteiro...achei que estava dizendo aquelas coisas por excitação...eu te pedi ajuda e você sempre foi meu amigo e fez isso por mim. Achei que podia ser só isso.

Não achei tanto...tive esperança que pudesse ser.

- Sexo casual? Você acha que tirar sua virgindade foi sexo casual? Esta louca, Angelina? - B**e na mesa, fazendo ela vibrar com tudo em cima.

- Então me diz o que você esperava? O que acha que somos agora?

Me diz o quão fundo cai nessa buraco...

- Agora você é minha mulher.

- E o que isso quer dizer? Que quer que sejamos namorados?

- Eu não namoro.

- Pode ser claro?! - Gesticulo ainda mais confusa.

- O que pode ser mais claro que você é minha mulher?Isso quer dizer que quero exclusividade. Então se livre daquele imbecil.

- Você ficaria só comigo também?

Não que eu queira isso, mas por curiosidade pergunto, meu senso de justiça também grita com essa dúvida.

Já chega de ser traída, uma vez já foi mais que o suficiente e estourou a cota.

-Eu não quero ninguém além de você. Sempre foi assim...

- Isso é tipo aquela coisa que sua família tem?...de obsessão, vocês se enlouquecem por uma mulher do nada e ficam meio doidos?

- Do que está falando? - Franze o cenho. - Não somos assim.

Ele acha que não? Então acho que eles não enxergam as coisas de outro jeito do lado de dentro. É normal...a gente nunca vê nossa vida e situação da forma como quem está vendo a situação de longe.

- Ah...seu pai foi assim com sua mãe e seu vô com sua vó. - comento, sem jeito.

- Esta tendo informações erradas sobre nós... Somos apenas... - Pensa por um minuto, procurando palavras. - Homens obstinados que não param até ter o que nos é de direto...

- Loucos obsessivos. - corrijo rindo.

- A gente é amigo há tanto tempo, é estranho me imaginar assim com você. - encolho os ombros. - Foi bom... nossa, como foi. - solto um suspiro admirada com as lembranças, o prazer descomunal percorrendo meu corpo e me fazendo esquecer a realidade, esquecer quem ele era para mim a vida toda. Foi como passar horas em uma bolha, que pela manhã, foi estourada bem na minha cara. - só que ainda parece um pouco errado.

- Eu nunca te vi como amiga... Nao é errado. E não é obsessão.

- Pra mim parece errado. - reforço com a mão no peito, indicando a mim mesma, que estou falando do que sinto. - Agora que acabou parece que eu cometi um incesto. - dou uma risada nervosa. - E eu não sou burra, percebi que desde criança você tinha ciúme de mim...eu me convenci que era outra tipo de ciúme e agora que transamos eu sei que não é. E não vou mentir que tenho um pouco de medo do quão forte isso pode ficar agora que acha que eu sou sua.

-Eu não sou um monstro, e eu não acho que você é minha, você é. E sobre transarmos, não vamos esquecer que foi você quem veio para cima de mim. - ri.

- Alessandro 1, Angel 0. - pisco.- Só vamos com calma. parece besteira dizer que precisamos nos conhecer melhor porque...- balanço ombros. — Estamos um com o outro a vida toda, mas entre o que tínhamos e uma relação...tem muita coisa para ver e saber. Vamos deixar as coisas fluírem. - sugiro tentando parecer que não estou o enrolando, só que eu estou.

- E eu acabei de sair de um noivado...quer dizer, tenho que contar que o noivado acabou.

- Eu posso cuidar disso.

- Conheço a forma com que lida com as coisas. E eu não quero guerra, quero que seja um fim mais calmo do que é possível com um Mafioso russo.

- Nao existe guerra, eu sou o futuro subchefe, tudo acontece como eu quiser.

- Que sexy! - apoio a cabeça na mão. - Deixa eu tentar resolver isso sozinha, mas prometo que se eu precisar de reforços o número que vai estar na ligação de emergência é o seu.

- Tá. - ele cede com um meio sorriso.

Coloco minha mão sobre a sua, dando um leve aperto em agradecimento por tudo, pela compreensão, por ter me ajudado a sair dessa, pela sua amizade.

- Você é o melhor. - lanço um beijo.

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19 de janeiro.

12:32AM

Entro às pressas no andar quando saio do elevador, andando até a mesa onde uma moça de altura mediana está sentada em frente a sala da Nádia. Ela é muito bonita, tem olhos claros e cabelo castanho claro liso até a altura do busto, ela é esguinia e tem uma postura tímida.

- Oi...a Nádia está aí? - aponto para a porta e levo a barra de chocolate ainda envolta da embalagem até a metade a boca.

- Olá, boa tarde... Não a Nádia não está, ela teve que sair. Você tem horário marcado? - Pergunta, procurando no computador.

- Não, eu não preciso disso. - balanço a mão no ar. - E o Eric, ele está? Olha...eu não queria ter que falar com ele porque eu estou puta, e a Nádia me acalma sempre antes de eu enfiar as unhas nos olhos dele mas deve ser sinal do destino ela não estar. - falo tentando mostrar o quanto estou brava. - quer chocolate? - estendo a barra levemente em sua direção. Não quero ser mal educada

- No, Gracias. - recusa docemente enquanto se levanta. Só agora percebi que ela não é daqui, e sim que é espanhola. - Por que não se senta e me conta o que ele fez? - Sugere apontando para o sofá amigável.

- Não...- olho o sofá e continuo em pé.

- É que eu estou muito atrasada. Esse desgraçado marcou uma reunião importante em cima do horário pra hoje, e eu tenho um vôo marcado daqui 5h para o meu país, e ele marcou a reunião pra daqui 2h! E eu não posso faltar porque que eu sou a representante do meu pai aqui, mas se eu perder meu vôo...- relaxo os ombros desanimada, mastigando o chocolate atonita. - Desculpa...qual o seu nome?

- Eu sou Esther... - Estende a mão e eu aceito.- Eu posso ligar para o Eric e ver se conseguimos adiantar a reunião para que não perca seu vôo e consiga representar seu pai. Que tal?

Jogo a cabeça para trás aliviada.

- Obrigada...você é um anjo. Só espero que esse rato aceite, porque ele gosta de me sacanear, ele faz de propósito! - faço um bico. - Ah, eu sou a Angel. - mudo de expressão radicalmente novamente sorrindo ao me apresentar e notar que meu sotaque também está mais que carregado.

- Quem é o anjo é você então... - Sorri, pegando o telefone e discando o número, e não demore para que ela seja atendida.- Eric. Sim, sou eu... Não agora não, Eric. Eu só liguei para dizer que vamos ter que adiantar a reunião em uma hora porque uma das participantes tem um vôo para pegar. A senhorita Angel... Eric, não seja assim. Facilite a minha vida no meu primeiro dia, por favor. Ok. Gracias... Até mais tarde.- Desliga o telefone. - Acho que deu tudo certo.

Quando ela desliga meus olhos ainda estão arregalados.

Me apoio na bancada e aproximo o rosto do dela. -

Vocês estão juntos? - pergunto em um quase sussuro.

- Por que acha isso? - Tenta se fazer de desentendida.

Ah não...não adianta, eu conheço ele.

- Ninguém fala assim com ele...a menos que queira um belo chute na bunda para ir parar no meio da rua, no melhor dos casos, é claro...

- Ah... Eu só... Só fui eficiente e...

- E ousada. E ele não gosta de ousadia e nem aceita...- cerro os olhos desconfiada. - Se estiverem juntos, boa sorte, ele é insuportável...e não querendo ser fofoqueira mas a família dele ter um histórico horrível de obsessão doentia então se a próxima for você, se prepara. - falo em tom de fofoca. - Mas você é linda, ele deu sorte. - Suavizo a voz e sorrio.

Fecha os olhos suspirando.

- Ok... Só tenho um dia de trabalho e duas pessoas já sabem, eu não sou boa em mentir. - Deixa os ombros caírem.

Faço um sinal de zíper na boca.

- Eu não sei de nada.

- Você parece íntima deles. Quer dizer, do Eric e da Nádia.

- Nós crescemos juntos. - conto.

- Ah, é? E você disse que tem histórico de obsessão? não que eu queira saber... Mas... - Morde a unha, curiosa.

- Não eu queira contar, porque eu não sou fofoqueira...- Olho para os lados e de volta a ela de um jeito cúmplice.- o pai deles é louco pela mãe, tipo, louco mesmo...bem louco, um tempo atrás a mulher nem pisava na rua, e o avô com a avó...e assim por diante...quer dizer, assim por trás. - faço sinal pelas costas. - A gente estava esperando o dia que ia acontecer com ele. Havia até esperança de que não fosse acontecer...Eric não é muito apegado às coisas, nunca foi ciumento. Sabe? Aquela sensação de quem tem tudo e não tem medo de perder nada porque pode substituir com outras coisas ainda melhores? Mas não funciona assim com pessoas...então...sabe.

- Ele costuma a descartar as pessoas fácil? - Pergunta, receosa.

Ela está preocupada...está gostando dele de verdade.

- Não...- balanço a cabeça em dúvida. - Amigos e família não, com as mulheres é difícil dizer, ele nunca liga pra nenhuma delas e nem leva muito a sério. Se ele é diferente com você, pode confiar que a maldição de família te pegou. - sorrio acolhedora.

- Ahh... - exclama atônita. - Talvez queria tomar uma água antes da reunião.

- Ah...não, eu vou lá na sala de uma pessoa enquanto isso. - Faço sinal na direção do elevador. - Obrigada, Esther. Salvou minha vida. Fica com isso. - deixo uma barra de chocolate belga na sua bancada. - É meu preferido.

- Gracias. - me lança uma piscadinha.

- Pede meu número pra Nádia! - falo alto entrando no elevador antes que ele se feche.

Já no andar superior, eu paro em frente a porta da sala de Alessandro, tomando coragem para dizer a ele que estou partindo hoje.

Bato na porta duas vezes.

- Posso entrar? - grito do lado de fora com pressa e logo a porta é aberta.

- Pode. - Abre um enorme sorriso vendo meu rosto, e eu acabo fazendo a mesma coisa. - Entre. - Dá espaço, fechando a porta.

- Oii...está muito ocupado?

- Sim e você está me interrompendo... Mas você pode fazer isso quantas vezes quiser. O que faz aqui?

- Eu vou ser rápida. - faço um sinal com a mão aberta. - Eu só vim te dizer tchau, vou participar da reunião daqui a pouco e correr para pegar meu avião de volta para irlanda. Estou até pronta já...- Dou meia volta, exibindo meu look.

O vestido de seda branco pérola até altura das coxas molda bem meu corpo, o tomara que caia sustentado o tamanho mediano dos meus seios.

Ele fica me olhando por vários segundos, vejo que sua boca quase se abre mas ele se apressa em controlar a reação, minhas bochechas coram pela confirmação de que estou bonita .

- Uma porra que vai.

Acabo rindo da maneira que ele fala, achei que seria mais difícil.

- Sim, eu vou sim. - Reafirmo branda. - Esse não é meu país, aqui não é a minha casa, eu trabalho e tenho missões e obrigações fora daqui. Tenho muita informação pra levar para o meu pai.

- Existem telefones, sabia? E você tem assustos mais importantes para resolver aqui.

- Não tenho por enquanto, eu terminei com o Peter, ele morreu de raiva e quis me matar, só coloquei seu nome no meio e ele virou outra pessoa. A conformação em carne e osso! - Conto. - Eu tenho que ir, são minhas obrigações. Mas eu volto...você sabe que eu sempre volto pra você. - Noto o que eu falei e balanço a cabeça. - vocês. - corrijo rapidamente e sorrio docemente para ele. Desde criança é um ritual sua reprovação e infelicidade com minha partida.

-Não quero que você vá.Quero que fique... Aqui comigo. - Toma minha cintura, me levando para si e não soltando meu corpo quando sente nossas peles em contato.

- Eu sei, também adoro ficar aqui mas sinto saudade da minha família, e o dever me chama. Você entende isso, também é herdeiro de muitos compromissos...- toco seu peito e aliso sua gravata para cima e para baixo.

- Posso cuidar disso e você vai poder ficar mais. - Sugere, suspirando. - Eu quero você. - Inicia uma trilha de beijos pelo meu pescoço, fazendo arrepiar.

Aquela sensação de que isso é errado permanece, entretanto, ainda sinto uma enorme atração por ele desde que tive minha primeira vez. Só a lembrança de como me senti, do seu toque e seu cheiro, sinto que o desejo cresce em mim. É carnal.

- Duas semanas...- inclino o pescoço o dando mais liberdade.- E eu volto, prometo....ah...- gemo enquanto ele continua os beijos que se tornam mais quentes e molhados.

- Se não voltar vou te buscar...- Sua voz rouca decreta contra meu ouvido depois que ele morde o lóbulo da minha orelha. - Aliás, pode me dar algo para que eu me lembre de você. -

Sua mão já está por baixo do meu vestido, indo até minha bunda, apertando e alisando.

- E o que você quer? - me faço de inocente com um sorriso travesso. Eu descobri que gosto de palavras sujas, e gosto quando ele diz elas pra mim.

- Quero que você grite meu nome enquanto enquanto como sua bucetinha em cima da minha mesa. - me gira agilmente, colocando-me sobre a mesa.

Suas mãos passaram de minha bunda para minha coxa sem sair do meu corpo, subindo por cima do vestido até meus seios, chegando ao meu pescoço que ele agarra.

- Diz que é minha. - aperta a área, causando uma leve dificultada na minha respiração, o que causa uma reação na parte entre minhas coxas.

Ele ordena isso olhando fundo em meus olhos, as pupilas esverdeadas estão dilatadas.

- Alessandro...- gemo seu nome apertando os lábios quando minha buceta dá uma forte pulsada.

- Diz que é. - aumenta o aperto em seu pescoço, ele está selvagem, possessivo e sedento por uma afirmação.

- Eu sou sua...- digo movida pela excitação.

Um sorriso perverso toma seus lábios, a palma de suas mãos separa meus joelhos, abrindo minhas coxas para dar espaço para o seu dedo que ele introduz após afastar a calcinha.

- Porra. Tão molhadinha. - Pragueja ao sentir minha entrada molhada e quente.

- Ah... hum..- gemo, abrindo mais as pernas e o dando passagem, deixando que ele aumente a pressão dentro de mim, que seus dedos trabalhem em meu interior, crescendo meu prazer. - Me faça sua de novo. - imploro quando a pressão vai aumentando, fazendo que flashbacks e fantasias bombardeiem meus pensamentos.

Fantasias impuras, violentas e tão prazerosas quanto dolorosas, me fazendo perguntar de onde isso saiu.

- Como quiser, amor. - Ele libera seu pau, abrindo o zíper da calça social preta, abaixando a cueca e deixando a minha vista seu enorme volume, pulsante e cheio de veias o qual ele enfia em mim sem sobreaviso.

Entrando de uma vez só.

Um grito de dor escapa pelo surpresa de seu tamanho tomando espaço em mim, e q dor logo se torna prazer.

Agarro em seu ombro enquanto ele mete dentro de mim impiedosamente.

- Vai mais forte...não precisa ter pena de mim. - olho ardente no fundo dos seus olhos, possuída pela luxúria, a sensação que tenho é que algo demoníaco dentro de mim pedr para que ele me rasgue, me puna de algo que eu não fiz.

- Vadia. - B**e em meu rosto, fazendo com que o mesmo se vire e minha expressão quando o olhar se volta a ele é masoquista.

Sorrio ainda mais safada e gemo sem controle.

- Alessandro...- quase grito seu nome sentindo o orgasmo se aproximar e o prazer se tornar quase insuportável dentro de mim. Meu corpo se Arqueia para trás, sinto que estou desmoronando enquanto minha buceta aperta seu pau que não para de golpear fortemente meu útero.

Alessandro agarra minha bunda com forças, seus dedos afundando em minha carne, forçando seu pau dentro de mim para atingir o ápice que ele se derrama dentro de mim.

Prendo o cabelo em um coque solto quando nos separamos, me abanando pelo calor que exala do meu próprio corpo.

- Eu tenho que ir...- digo preguiçosamente enquanto assopro o ar a minha frente.

- Eu vou te esperar. - Ele fecha o zíper da calça, voltando a se aproximar de mim ainda sentada na mesa e cola sua testa na minha.

- Você sabe que é minha, não é?

Não posso dizer que não...não tenho coragem de dizer que não. Ontem eu fui dele, e hoje fui ainda mais. Só não sei se isso vai dar certo, se quero isso, se estou pronta pra isso. A única coisa que sei é que dizer não pra ele é inútil, e que eu quero mais do que ele pode me dar.

Só preciso quebrar essa sensação de que estou dando para um irmão postiço.

-Eu sei...eu vou voltar. - Falo em um Murmurio, não digo segura e forte como se eu tivesse certeza, porque eu não tenho. - Me espera.- peço.

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