O apartamento estava em silêncio.
Ou, pelo menos, aquele tipo de silêncio que só existe na casa de quem acabou de se tornar pai e mãe.
Porque, mesmo sem barulho, havia vida em cada canto.
Havia o som baixinho do respirador da babá eletrônica. O som ritmado da respiração de Sophia, que, exausta, dormia abraçada ao travesseiro. E, claro, o som mais doce e poderoso de todos: os suspiros miúdos de Nora.
Ela estava ali, no bercinho acoplado à cama. Tão pequena. Tão frágil. Tão absolutamente perfeita que, por alguns segundos, Giovanni ainda se pegava perguntando se aquilo era mesmo real.
Ele estava deitado, com o braço estendido, a mão segurando a de Sophia mesmo no sono. Mas seus olhos… estavam nela. Na filha. Naquele pedaço de amor que, de alguma forma, tinha nascido do caos e da vida, transformando tudo.
03h14 da madrugada
O primeiro som veio baixinho.
Aquele resmungo típico de quem está acordando, acompanhado de um biquinho que quase partiu o coração de Giovanni no meio.
Ele se ajeitou